A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira, 2, sanções econômicas contra a esposa e o filho do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, além de outros seis funcionários do governo. O bloco condenou as “graves violações dos direitos humanos” no país. Nas últimas semanas, o regime tem reprimido manifestações da oposição e prendido dezenas de opositores — muitos deles se apresentavam como candidatos à presidência.
“Lamentavelmente, a prisão de um sétimo candidato presidencial potencial no último fim de semana ilustra a escala da repressão na Nicarágua e pinta um quadro preocupante para as próximas eleições”, afirmou a UE em comunicado, em referência a Noel Vidaurre, detido no dia 25 de julho.
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Ao todo, 14 funcionários do governo de Ortega foram atingidos pelas sanções e estão impedidos, por exemplo, de viajar ou transitar pelo território europeu. Muitos deles tiveram seus bens na UE congelados. “Os cidadãos e empresas da UE estão sujeitos a uma proibição de disponibilizar fundos para eles”, diz o bloco.
O filho de Ortega, Juan Carlos, é o líder do movimento sandinista 4 de Mayo e comanda o Canal 8, uma das principais emissoras de TV do país. “A Nicarágua entrou numa espiral de repressão”, diz o documento divulgado pela UE.
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Ortega governa o país desde 2007. Em novembro, estão marcadas novas eleições presidenciais, mas os partidos de oposição não estão autorizados a participar do pleito. Ainda não se sabe se o ditador disputará um novo mandato — em seu governo, foi aprovada a possibilidade de reeleição indefinida, sem limites. Caso ele não concorra, quem deve disputar é justamente sua mulher e vice-presidente do país, Rosario Murillo.
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É a democracia da esquerda ( Lula, Zé Dirceu, grande imprensa, Supremo ), quando chegam ao poder, fazem de tudo para não mais largarem.