A ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), advogada que assina ações em que Arthur Lira (PP-AL) tenta censurar reportagens que considera negativas a ele, é cotada para assumir a presidência da Caixa Econômica Federal. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
A advogada ganhou projeção no Congresso por meio de Lira que a designou para relatar projetos importantes, entre eles o que enterrou a Lei de Segurança Nacional e o que altera toda a legislação eleitoral.
A advogada assina as petições de ao menos três ações cíveis em que Lira busca indenização e a retirada do ar de reportagens em que Jullyene Lins, sua ex-mulher, o acusa de agressão.
Os processos incluem pedido de proibição da veiculação de novas reportagens sobre o caso.
Nas ações movidas contra a ex-mulher de Lira, a Agência Pública e o canal ICL Notícias, os juízes negaram os pedidos de liminar. Na direcionada a Jullyene e ao site Congresso em Foco, o juiz determinou a retirada da reportagem do ar. Nos três casos, o mérito ainda será julgado.
Margarete se tornou deputada estadual em 2010 na esteira da carreira do marido, o ex-deputado estadual Marcelo Coelho. Quatro anos depois, em 2014, foi eleita vice-governadora do Piauí na chapa do petista Wellington Dias, hoje ministro do Desenvolvimento Social de Lula.
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Em 2018, chegou a ser cotada para a vice da chapa presidencial de Geraldo Alckmin (então no PSDB, hoje no PSB), mas acabou se lançando e sendo eleita deputada federal.
Margarete não conseguiu se reeleger em 2022 e hoje é diretora de Administração e Finanças do Sebrae. A entidade de apoio às pequenas e microempresas, apesar de ser privada, sofre forte influência governamental e política.