Após um episódio de agressão na Câmara Municipal de São Paulo, a Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira, 9, que a vereadora Janaína Lima (Novo) mantenha distância de 20 metros da colega Cris Monteiro, que é do mesmo partido.
Em novembro, as parlamentares se envolveram em uma briga no banheiro do plenário da Casa, durante a votação da reforma da previdência municipal. A decisão foi tomada pelo juiz José Fernando Steinberg na segunda-feira 7, a pedido da defesa de Cris Monteiro.
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O magistrado determinou ainda proibição de qualquer forma de comunicação com a vítima e proibição de frequentar os mesmos lugares, com exceção do ambiente comum de trabalho, resguardando-se a distância mínima determinada.
Os advogados afirmam que a decisão confirma que a Justiça “reconhece que a vereadora Cris Monteiro foi de fato covardemente agredida pela outra parlamentar e ratifica a sua condição de vítima”.
Em nota, a defesa ainda disse que a vereadora aguarda, confiante, a investigação e o processamento de todos expedientes instaurados, seja perante a Corregedoria, no próprio partido e na Policia-Justiça.
“Importante salientar que as testemunhas ouvidas no Inquérito Policial confirmaram a covarde agressão e o Ministério Público se manifestou favoravelmente a concessão das medidas protetivas que acabaram deferidas”, afirmam os advogados.
Já a defesa de Janaína Lima disse, em nota, que a medida foi “deferida sem que a vereadora Janaína pudesse dar a sua versão sobre os fatos. Nenhuma de suas testemunhas foi sequer intimada. A decisão baseou-se única e exclusivamente em um relato falacioso e parcial da vereadora Cristina”.
Segundo o texto, a defesa irá apresentar, amanhã, em juízo, um “laudo sobre a dinâmica dos fatos que irá repor a verdade ao apurado, sendo o principal contraponto à narrativa fantasiosa que sucumbirá às provas a serem colhidas”.
“As imagens da Câmara dos Vereadores de São Paulo são claríssimas ao demonstrar que a intenção de agredir sempre partiu da Vereadora Cristina Monteiro. Ela encurralou a Vereadora Janaína Lima, lhe conduziu de forma abrupta até um pequeno banheiro, trancou o recinto e lhe agrediu”, afirma.
“Janaína Lima apenas agiu em legítima defesa para se desvencilhar de sua agressora, que lhe golpeou contra a parede mesmo ciente de que ela possui grave quadro de epilepsia, com histórico recente de convulsão nas dependências da Câmara”, continua a defesa da vereadora.
“A medida será salutar à vereadora Janaína Lima, pois verá afastado o risco de ser agredida por sua colega de Casa. Ao final das investigações a verdade prevalecerá”, finaliza o comunicado.