A Câmara dos Vereadores de São Paulo abriu uma sindicância na sexta-feira 15, para apurar uma eventual agressão racista sofrida pelo vereador Fernando Holiday (NOVO) na sessão de quarta-feira 13.
O parlamentar teria sido ofendido com palavras preconceituosas e de baixo calão por um servidor público que acompanhava o trabalho da galeria do plenário, durante a votação do projeto de reforma da previdência.
De acordo com o presidente do legislativo paulista, vereador Milton Leite (DEM), o autor das ofensas, Ivan Ferreira dos Santos Carvalho, é professor da rede municipal da educação infantil e trabalha no gabinete do vereador Professor Toninho Vespoli (PSOL).
“As exatas palavras da ofensa não mudam que a fala é uma clara agressão ao vereador Holiday, feita por um funcionário que ganha dinheiro público para trabalhar pelo povo. Se houve ofensa racial é pior ainda. Não admitiremos nada disso aqui”, disse o presidente da Câmara.
O vereador Fernando Holiday disse que irá registrar um boletim de ocorrência e fará uma denúncia à Corregedoria do legislativo. “Também vou pedir a cassação ou alguma outra punição ao vereador Toninho Vespoli pelo uso indevido dos seus funcionários, independentemente de ter havido ou não, a ofensa racista”, falou Holiday.
Em nota, o Psol informou que decidiu afastar o assessor enquanto ocorrer a apuração dos fatos e reforçou que “os vereadores do Psol são contra a intolerância de ódio e repudia qualquer gesto ou ato homofóbico ou racista que possa ter ocorrido durante a sessão plenária”.
Eles que são brancos que se entendam. Como diz o dito popular.
Professor municipal é um vereador. Isto aí dá uma idéia clara do ensino público e da política brasileira. É a união do caos com a barbárie.