‘A mulher não precisa se vitimizar para entrar na política’, diz Simone Tebet

A candidata à Presidência Simone Tebet afirmou que a mulher não precisa se masculinizar nem se vitimizar para entrar na política. “Nunca me vitimizei, mas não mexam comigo também”, afirmou. “Não preciso dizer que sou mulher, todos estão me vendo.” A declaração foi dada durante o programa Pânico, Jovem Pan.

Quando interpelada sobre sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, Simone disse que, na época, a bancada feminina queria, em primeiro lugar, um espaço de fala. “A gente ouvia 20 homens falarem e nenhuma mulher falava”, observou. “Conseguimos que uma mulher e uma suplente falassem. No dia em que a médica Nise Yamaguchi foi depor, não era a minha vez de falar, mas da senadora Leila do Vôlei (PT). Liguei para a Leila, e ela prontamente fez a defesa da Nise.”

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A senadora Simone também reafirmou que votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma (PT) e votaria novamente. No entanto, achou injusto os comentários com cunho sexual que fizeram com a ex-presidente.

Ao ser questionada sobre os candidatos à Presidência da República Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), a senadora disse que ambos não representam a democracia. “Vou estar no segundo turno porque ninguém acreditava que eu chegaria aonde estou agora”, explicou. “Se não tiver candidatura do centro no segundo turno, o Lula vai estar eleito presidente.”

Amazônia e produtores

Ainda durante o programa, Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República, afirmou que a Floresta Amazônica é dos brasileiros, mas que é necessário cuidar dela.

De acordo com a senadora, os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás produzem aproximadamente um terço do que a população brasileira se alimenta. Contudo, nos últimos dois anos, essa região teve uma perda de R$ 60 bilhões, por conta das chuvas, que não estão chegando na região pela falta de umidade da Amazônia. “O fato de a floresta estar sendo desmatada prejudica o agronegócio brasileiro”, disse.

“Precisamos falar de meio ambiente e agronegócio”, afirmou. “Se não ajudarmos nos financiamentos menores dos produtores, teremos a comida mais cara na mesa do brasileiro. O problema do Brasil é que ele não é autossuficiente para produzir o que mais consumimos.”

Para Simone, o agronegócio brasileiro possui logística, linha de financiamento, transporte, e condições de fazer políticas públicas, para que o setor do agronegócio possa ser mais produtivo. Portanto, ele precisa fazer com que o Plano Safra cubra os gastos necessários para todas as plantações.