O governador de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 14, acesso aos autos do processo que o afastou do cargo até 31 de dezembro deste ano.
Na quinta-feira 13, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o afastamento do governador, anteriormente determinado pela ministra Laurita Vaz, relatora do caso. No texto da defesa, o advogado Cristiano Zanin afirmou que não participou do julgamento, ocorrido ontem.
Dantas foi alvo da Operação Edema, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal (PF) no Estado, por ser suspeito de comandar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa.
“A defesa técnica solicitou imediata habilitação nos autos, com o fito de viabilizar a plena e efetiva participação na sessão de julgamento”, informou o advogado, no documento. “O que se viu foi que, até momentos antes ao início da sessão de julgamento em comento, a Defesa Técnica não tinha qualquer acesso aos autos. Nada obstante a isso, a Defesa Técnica se fez presente na sessão extraordinária, em julgamento que durou quase 5 horas, sem que fosse permitida a realização de sustentação ou mesmo a realização de um esclarecimento de fato.”
Na quarta-feira 12, o advogado pediu ao STJ acesso ao processo. Contudo, o pedido não foi apreciado. Por esse motivo, Zanin recorreu à Corte Suprema. O governador de Alagoas é apoiado por Lula (PT) e pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Seu adversário é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Esse governador tem milhares de cúmplices que votarão nele. No Brasil a maioria dos votantes não é eleitor, é cúmplice.