O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República, propõe em seu plano de governo acabar com o sigilo fiscal e bancário dos integrantes do governo. Além disso, deseja movimentar a economia e reduzir a exclusão digital pelo financiamento público de smartphones e a renegociação de dívidas daqueles que possuem o nome negativado no Serasa.
Divulgado nesta terça-feira, 9, no site oficial do candidato, o documento também informa as propostas de Ciro para a reforma trabalhista, promete mudanças no ensino médio e na Petrobras. No âmbito de combate à corrupção, o político discorreu sobre quatro propostas principais que iriam reduzir os crimes de colarinho branco.
- Fim do foro privilegiado, assim, autoridades seriam julgadas pela Justiça comum, sem que seus processos fossem encaminhados aos tribunais especiais, como é atualmente;
- Abertura completa do sigilo fiscal e bancário do primeiro e segundo escalão do Poder Executivo;
- A criminalização do enriquecimento sem causa dos agentes públicos;
- Legalização da prisão em segunda instância. Conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o réu só pode ser preso depois de se esgotarem todos os recursos do processo na Justiça. Em 2019, a decisão abriu margem para que Lula (PT) fosse solto.
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Na questão do fim do foro, Ciro faz a ressalva de que somente os chefes federais, estaduais e municipais teriam direito ao privilégio. Assim, o presidente da República, do Senado, da Câmara dos Deputados, do STF, governadores, prefeitos e presidentes dos Parlamentos se manteriam.
O candidato também propôs um estilo de governo “com” e “para” mulheres. “Quando fui governador, mais da metade do orçamento estadual era administrado por mulheres”, escreveu. “Isso é uma questão de justiça e reconhecimento a elas.”
Segundo o ex-governador, as mulheres ganham 23% menos do que os homens para fazer o mesmo trabalho. Além disso, também possuem pouco acesso a cargos públicos.
Agronegócio e Forças Armadas
O programa de Ciro também propõe a criação de uma indústria nacional de processamento de cereais e frutas. “Vamos estimular o surgimento de uma indústria de defensivos, fertilizantes e implementos agrícolas, que hoje importamos aos montes”, informou.
Outra proposta é um “complexo industrial de defesa” que, conforme o candidato, vai fazer com que as Forças Armadas controlem o próprio sistema de comunicações. “Vamos recuperar o projeto de submarino nuclear e o programa de foguetes e de lançamento de satélites brasileiros”, comunicou.
Vale a pena nem comentar essa montanha de burrice.