O presidenciável pelo partido Novo, Felipe D´Avila, já enterrou a ideia de uma “terceira via” para as eleições presidenciais deste ano. Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo, ele declarou: “A terceira via vai fracassar em arrumar um candidato, porque fica numa conversa de cacique de partido, não em torno de propostas. As coisas não acontecem como os caciques imaginam”.
Outros pontos importantes da entrevista:
Sobre o Partido Novo — “Temos muito mais afinidades com as camadas mais pobres, que querem empreender, ser donas do seu nariz, do que às vezes com as camadas empresariais, que são as mais corporativistas do Brasil. Nós temos muito mais sintonia com essa mentalidade empreendedora do brasileiro do que com grandes grupos empresariais, que têm uma visão muito protecionista, de reserva de mercado, que não tem nada a ver com o Partido Novo.”
Sobre a terceira via — “Quando nós tínhamos essas conversas lá atrás, era a história de fazer rodadas de conversa pelo Brasil para discutir propostas: meio ambiente em Manaus, governo digital no Porto Digital no Recife, discutir o agro em Cuiabá. A ideia era debater propostas. No momento em que não se discutem propostas e se discute aliança baseada em quem está na frente das pesquisas, quem tem índice menor de rejeição, essa conversa não interessa.”
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Sobre as propostas do Partido Novo — “São três: a abertura unilateral e gradual da economia — um país com a economia fechada não cresce, não gera emprego, não atrai investimentos; o meio ambiente — o Brasil tem a chance de ser uma grande potência mundial na economia de baixo carbono; e a digitalização do governo, que é o único jeito de quebrar a espinha dorsal da burocracia no Brasil, para empoderar o cidadão, reduzir inseguranças em relação principalmente a contencioso e dar segurança jurídica de que o Brasil tanto precisa para retomar a confiança dos investidores no país.”
A digitalização do setor público pode e já foi usada como arma letal para cancelar os “hereges”: vejam o caso da China e agora o do Canada. Portanto, esse processo só dará certo se a digitalização for acompanhada da eliminação do Big Brother, caso contrário o totalitarismo terá a vitória final. Esse ponto da História é crítico, perigosíssimo.
Sou fã das idéias do partido Novo, exceto uns e outros. Mas sou obrigado a votar, como sempre fiz no anti-lula, desde quando o dito cujo se chamava Luiz Inácio da Silva (vulgo lula), presidente do baderneiro sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
Sem dúvida o melhor candidato que podemos ter.