Na sexta-feira 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o general Richard Nunes como Estado-Maior do Exército Brasileiro, um dos cargos mais altos da força. Em 2018, Nunes nomeou o delegado Rivaldo Barbosa, um dos suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco, ao posto de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ).
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Na época, o militar era secretário de Segurança Pública do Estado, que estava sob intervenção federal. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele afirmou que estava “perplexo” e se sentia “ludibriado” pelo policial.
“Lógico que essa prisão me deixou perplexo, como é que pode um negócio assim? É impressionante” disse Nunes, à Folha. “É um negócio de deixar de queixo caído. Naquela época, não havia nada que sinalizasse uma coisa dessas, uma coisa estapafúrdia”
A promoção do general já estava prevista e foi efetivada na véspera da publicação do Diário Oficial da União, durante assinatura da promoção de oficiais e trocas nas forças com presença dos comandantes e do ministro José Múcio Monteiro (Defesa) no gabinete de Lula.
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A publicação saiu na sexta-feira. Segundo integrantes do governo, trata-se de uma movimentação comum nas forças.
General nomeado por Lula foi citado no relatório do caso Marielle
Por ter sido o responsável pela indicação de Rivaldo Barbosa à chefia da PCRJ, o nome de Nunes apareceu no relatório da Polícia Federal do caso que investiga a morte da vereadora Marielle Franco.
No domingo 24, Barbosa e os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram presos sob a suspeita de serem os mandantes do assassinato de Marielle. Eles foram delatados pelo ex-PM Ronnie Lessa, que teria sido o autor dos disparos que vitimaram a vereadora e o motorista Anderson Gomes.
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O ex-chefe da PCRJ também atuava como coordenador do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá. Ele foi desligado do quadro de docentes na segunda-feira 25.
Barbosa lecionava na faculdade desde 2003 e em 2022 assumiu a coordenação-adjunta do curso. Apesar das prisões, a Polícia Federal (PF) deixou de indiciar outros quatro suspeitos delatados por Lessa.
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Vendeu-se pelo silêncio? Coisa boa não é, nenhum bonzinho é escalado ou premiado pelo demo. Esses pactos terminam em desgraça
Eu teria vergonha de ser nomeado por um bandido. Não aceitaria.
Decisão pessoal.
Tudo que for nomeado por esse bandido coisa boa jamais será , certeza que nunca nomeará alguém do bem .