Ministro do Supremo Tribunal Federal também criticou o inquérito das fake news aberto pela Corte
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta terça-feira, 4, que é contra o foro privilegiado. “O ideal é que o cidadão respondesse como um mortal, na primeira instância, mas acabam potencializando o taco do Supremo”, observou em entrevista à rádio Jovem Pan. Há duas semanas, a Polícia Federal não conseguiu cumprir um mandado de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP). O tucano tem imunidade parlamentar. “Em uma visão republicana, teríamos o tratamento igualitário dos cidadãos em geral”, declarou o ministro.
Leia também “O STF contra a democracia”, entrevista com o jurista Modesto Carvalhosa publicada na edição n° 18 de Oeste
Além disso, Marco Aurélio também apoiou a decisão do ministro Edson Fachin que reverteu o entendimento segundo o qual a Lava Jato tinha de compartilhar informações com a Procuradoria-Geral da República. “O caso poderia ter aguardado um pouco o retorno do relator ou o presidente poderia ter mantido um contato com sua excelência [Fachin]”. E também criticou o inquérito inconstitucional das fake news. “Eu disse isso nos 10 a 1 [em referência à votação no plenário], quando concluí que é um inquérito natimorto e do fim do mundo, você pode colocar qualquer coisa nele”, concluiu.
Nunca imaginei que concordaria, em alguma coisa, com o MAM.
Pois é, também não.