Decisão tomada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última semana pode interferir no resultado da eleição que será realizada nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, para os cargos da mesa diretora da Câmara dos Deputados. O chefe do Poder Executivo exonerou os seus dois ministros que têm mandatos parlamentares: Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Onyx Lorenzoni (Cidades). A ideia do mandatário do país é garantir mais dois votos para Arthur Lira (PP-AL), que disputa a presidência da Casa contra Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por Rodrigo Maia, PT e outros partidos da esquerda.
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Exonerado, Onyx (DEM-RS) participará da votação no lugar do suplente Marcelo Brum (PSL-RS). O que chama a atenção é que Brum fez parte da ala pesselista que agiu contra a decisão do comando do partido, que defendia voto em Rossi. O suplente gaúcho foi um dos 36 parlamentares da sigla que assinaram ofício que confirmou a aliança formal da legenda à candidatura de Lira.
Com a exoneração temporária de Tereza (DEM-MS), quem perdeu um voto na eleição de hoje foi o PSDB. Suplente com mandato em atividade desde o início da legislatura, Bia Cavassa (PSDB-MS) já consta como alguém que “não está em exercício” na Câmara dos Deputados. Depois de idas e vindas, o PSDB aparece como partido que integra oficialmente a base de apoio ao nome de Baleia Rossi.
A expectativa é que Tereza Cristina e Onyx Lorenzoni voltem à Esplanada dos Ministérios ainda nesta semana.