O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, informou nesta terça-feira, 13, que deverão ter início ainda neste ano as obras do Linhão de Tucuruí, que permitirão a Roraima receber energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A obra foi contratada por meio de leilão em 2011, e a conclusão estava prevista para 2015, o que acabou não ocorrendo. O Estado, ainda o único fora do SIN, depende da obra para sair do isolamento energético.
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O Linhão de Tucuruí depende da finalização de um protocolo de consulta que está sendo feito junto à comunidade indígena da reserva Waimiri-Atroari, uma vez que as linhas de transmissão passam por 122 quilômetros desse território.
“É um investimento sem igual, já que poderá ser amortizado em apenas um ano, se levarmos em consideração que o valor da obra é R$ 1,6 bilhão e o custo de óleo diesel para atender o Estado de Roraima em 2020 ficou em R$ 1,3 bilhão”, disse Pepitone.
Onde já se viu depender de índios para construir linhas de transmissão de energia elétrica que beneficiarão um estado da Federação. Só no Brasil mesmo.
Absurdo – como se essas vastas reservas constituíssem países distintos – a obra é de interesse de um Estado inteiro, e não pode depender de meia dúzia de índios.