Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) desvendou um esquema de venda de sentenças judiciais que envolve advogados, lobistas e funcionários do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A revista Veja divulgou a informação nesta quinta-feira, 3.
A PF deflagrou a operação depois do assassinato de um advogado, em Cuiabá, cujo celular continha mensagens que revelavam a existência do esquema. As conversas mencionam quatro ministros do STJ.
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As investigações mostram que os investigados comercializavam as decisões judiciais por milhões, com a colaboração de assessores de ministros. Minutas das decisões eram entregues a lobistas e advogados, e, mediante pagamento, as sentenças beneficiavam a parte interessada. Caso não quitassem a propina, os magistrados mudavam a decisão para favorecer a parte contrária.
STJ realiza investigação
O STJ deu início a uma investigação interna, mas ainda não divulgou mais detalhes. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também investiga o envolvimento de um juiz. O CNJ afastou dois desembargadores de Mato Grosso sob suspeita de participação no esquema. Um advogado relatou ter ouvido discussões sobre a influência de uma advogada nas decisões judiciais.
A polícia de Mato Grosso suspeita de que o assassinato de advogados esteja relacionado ao esquema de venda de sentenças, mas ainda faltam evidências concretas. Dois advogados denunciantes foram mortos. A ação levantou questões sobre a conexão entre os assassinatos e a corrupção no Judiciário. As investigações continuam em andamento.
Esse país não tem jeito, o judiciário vendendo sentenças, que o diga a lava jato