Precisa contesta operação: 'Prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo'

Alvo de mandados de busca e apreensão pedidos pela CPI da Covid e autorizados pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, a Precisa Medicamentos disse nesta sexta-feira, 17, que a operação é “inadmissível, num Estado que se diz democrático de direito”.

“A operação de hoje é a prova mais clara dos abusos que a CPI vem cometendo, ao quebrar sigilo de testemunhas, ameaçar com prisões arbitrárias quem não responder às perguntas conforme os interesses de alguns senadores com ambições eleitorais e, agora, até ocupa o Judiciário com questões claramente políticas para provocar operações espalhafatosas e desnecessárias”, afirmou a empresa.

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Em nota assinada pelo advogado Ticiano Figueiredo, a Precisa garante que entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão. “Além disso, seus representantes, sempre que intimados, prestaram depoimentos à PF, CGU, além de ter entregue toda documentação ao MPF e TCU”.

A nota continua: “A CPI, assim, repete o modus operandi da Lava Jato, com ações agressivas e midiáticas, e essa busca e apreensão deixará claro que a Precisa Medicamentos jamais ocultou qualquer documento”.

Vacina contra a covid-19

A Precisa fechou um contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde para fornecer 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Após denúncias de irregularidades, o governo cancelou o contrato sem que nenhum valor tivesse sido desembolsado.