O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou nesta quarta-feira, 3, por 13 votos a 1, um processo disciplinar envolvendo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). A ação tinha como base uma denúncia apresentada pelo PTB, que acusou o parlamentar de ter atribuído falso crime ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ao fazer afirmações sobre supostas irregularidades nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin.
A decisão pelo arquivamento foi tomada depois de uma reviravolta no caso. Inicialmente, o deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), relator do processo na comissão, havia votado pela continuidade da ação. Ele mudou de posição depois de receber as explicações da defesa de Miranda e informações da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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“Mesmo que anteriormente tenha ficado demonstrada a aptidão e justa causa no relatório, no advento do parecer da PGR, o vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que o parlamentar nunca fez considerações acerca de suposta prevaricação de Bolsonaro e apenas relatou ao presidente suas suspeitas sobre a aquisição da Covaxin”, justificou o relator.
“Diante disso, mostra-se imperiosa a finalização desse expediente ético-disciplinar. Ante o exposto, tendo em vista o teor da PGR e novo aditamento à defesa, voto pela ausência de admissibilidade e arquivando-se por conseguinte o presente expediente”, finaliza Abramo.
Na semana passada, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda — irmão de Luis Miranda — deixou o Brasil e entrou para o programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal (PF). Segundo o parlamentar, seu irmão vinha recebendo ameaças de morte depois de ter denunciado as supostas irregularidades nas pasta.
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pilantra cretino!
Se ele não acusou o Bolsonaro de crime, o que foi toda aquela gritaria na CPI?!
Nossa PGR tá uma vergonha…