A gerontocracia é uma forma de poder oligárquico em que uma organização é governada por líderes que são significativamente mais velhos do que a maior parte da população adulta. Por vezes, aqueles que detêm o poder não ocupam formalmente as posições de liderança, mas dominam quem as ocupa. Busquei essa definição na Wikipedia mesmo, pois é um resumo razoável do fenômeno.
Será que vivemos hoje numa gerontocracia? O presidente norte-americano Joe Biden nasceu em 1942! Ele tem 80 anos e, ao que tudo indica, deve disputar sua reeleição, mesmo com claros sinais de senilidade. Seu adversário provavelmente será Donald Trump, que demonstra mais energia, sem dúvida, mas também está se aproximando dos 80 anos.
E não são apenas as duas figuras mais relevantes da política americana. Até pouco tempo atrás, Nancy Pelosi era a líder democrata no Congresso — ela, que nasceu em 1940 e tinha ultrapassado os 80 anos. Dianne Feinstein, senadora democrata pela Califórnia, está perto dos 90 anos! Ela nasceu em 1933 e desde 1992 ocupa o cargo. Bernie Sanders é tão velho quanto suas ideias mofadas: o socialista nasceu em 1941 e parece disposto a tentar uma vez mais seu lugar nas primárias democratas.
Do lado republicano, Mitch McConnell tem dado claras evidências de que passou da hora de se aposentar: ele tem 80 anos e ocupa o cargo desde 1985! Seus congelamentos por longos segundos têm sido mais frequentes, produzindo cenas constrangedoras para uma liderança tão importante na oposição.
O que está acontecendo com a política norte-americana? Sociedades que valorizam os cabelos brancos têm seus motivos para tanto, pois são muitas vezes a “voz da experiência”. Diz o velho ditado: quem não foi de esquerda na juventude não teve coração, e quem não é conservador depois dos 40 não tem cérebro. A idade tende a trazer mais prudência, mas não é uma regra: basta ver Bernie Sanders pregando o nefasto socialismo com seus 80 anos.
O domínio da política pelos mais velhos pode representar algumas outras coisas também. O engessamento da própria política, que perde dinamismo porque as estruturas de poder acabam privilegiando aqueles que já chegaram ao topo das hierarquias partidárias. Ou pode simbolizar a perda de fé no futuro, a desconfiança em relação às gerações mais novas, pois, afinal, os congressistas idosos foram eleitos, escolhidos pelos eleitores.
Idade não garante nada. Mas não deixa de ser um alerta sobre a possível incapacidade de se criarem boas e novas lideranças entre os mais jovens
Diante da alternativa de uma Kamala Harris da vida, o democrata prefere o velho e conhecido Joe, ainda que este apresente indícios de problemas cognitivos e família corrupta. Do lado republicano até surgiram boas lideranças mais jovens, como o governador da Flórida Ron DeSantis, mas, como Trump é perseguido de forma injusta pelo sistema, os conservadores preferem responder com o magnata excêntrico mesmo, uma espécie de dedo do meio aos algozes corruptos.
Talvez não haja uma conclusão explosiva a tirar desse envelhecimento na política. Ronald Reagan, o quadragésimo e melhor presidente dos Estados Unidos em décadas, foi eleito em 1980 ao derrotar Jimmy Carter. Reagan tinha quase 70 anos e foi reeleito com 73 anos. Dizem que ele gostava de tirar umas sonecas no meio da tarde, mas a idade não foi problema para ele gerir com competência a maior nação do mundo, com conquistas importantes na economia e na geopolítica.
Idade não garante nada. Mas não deixa de ser um alerta sobre a possível incapacidade de se criarem boas e novas lideranças entre os mais jovens. Quando a disputa pelo comando da maior potência do planeta se dá entre dois octogenários praticamente, isso não pode ser algo alvissareiro para essa sociedade. Fica a nítida sensação de que o processo falhou em algum ponto, que há menos confiança nos mais jovens, ou que os mais velhos foram capazes de dominar o jogo e impedir a ascensão de novos líderes. De qualquer forma, considero um tanto preocupante essa realidade.
No Brasil, Lula voltou à cena do crime, como diria Alckmin, e a idade é o menor dos problemas. O presidente é socialista, companheiro dos piores tiranos do mundo, com histórico de corrupção e um projeto ambicioso de poder. Mas, além disso tudo, Lula tem quase 80 anos, e o PT já fala em preparar a sua reeleição, antes mesmo de ele completar um ano de governo. Lula gosta de repetir que se sente um garotão, com “tesão” de 20 anos. Ele tenta transmitir energia, mas não convence. Gosta mesmo é de viajar pelo mundo com sua esposa deslumbrada, ficar em hotéis caríssimos, enquanto rifa o Estado para o centrão fisiológico e deixa a turma do Foro de São Paulo agir nos bastidores, aparelhando todas as instituições.
Quem dera o maior problema com Lula fosse sua idade avançada. No caso brasileiro, a gerontocracia não está entre as maiores mazelas do sistema podre e carcomido, em que pese uma quantidade razoável de idosos no poder, com seus parentes ocupando diversos cargos também. No Nordeste, por exemplo, temos claras oligarquias no comando, com sobrenomes conhecidos que se repetem a cada eleição.
No Brasil, porém, o maior inimigo é velho, mas um velho que seduz jovens alienados: o comunismo. Uma ideologia abjeta, que fede a naftalina, mas que ainda encanta desavisados ingênuos em universidades federais. Como dizia o saudoso Millôr Fernandes, quando uma ideia fica velha ela vai morar no Brasil. O país do futuro parece sempre aprisionado no passado. Como no filme O Feitiço do Tempo, acordamos sempre no mesmo dia, e não importa se é um jovem ou um idoso no poder, lá está o eterno populismo de esquerda causando estragos. A única exceção foi mesmo Bolsonaro. E o sistema se uniu para persegui-lo e extirpá-lo. Agora teremos paz e união: ao menos para todos aqueles, velhos ou não, que adoram um Estado corrupto e hipertrofiado.
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Não vejo problema nesse contexto de pessoas mais velhas, desde que estejam sãs. Até porque a expectativa de vida vem crescendo. Inclusive, gostaria de ver um projeto destinando as vagas de professores nas redes públicas as pessoas mais velhas. Experiência é um fator essencial no ensino.
Certeiro como sempre.
Fomos domesticados e doutrinados por muito tempo sem sabermos que a mídia era a principal doutrinadora. Quando a internet chegou e vozes alternativas passaram a fazer parte da rotina dos brasileiros, a mídia perdeu sua liderança e capacidade de doutrinação. Quando a Oeste passou a fazer parte de nossas vidas, pudemos acordar da anestesia em que a mídia velha e carcomida nos colocaram. Hoje, somos livres e independentes. Não há nada mais valioso que a LIBERDADE.
Tudo Consta
Constantino sempre bem acima da média, parabéns👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
O problema não é a idade, é o caráter das pessoas. O Lula poderia ter 20 anos e seria o mesmo ladrão, safado de hoje. Veja o quadro dos ilustres escritores, professores existentes no mundo. Provavelmente teremos muitos além dos 70 e até dos 80 anos. O próprio J.R. Guzzo, brilhante articulista desta revista digital, tem, acho, mais de 70 anos.
INFELIZMENTE UM MAIS JOVEM MENTIROSO QUE É VICE AJUDOU A ELEGER UM MAIS VELHO LADRÃO DESSE PAÍS CONDENADO, MAS OS ESPÍRITOS ÍNTEGROS CARREGAM PARA A ETERNIDADE A SABEDORIA E OS ESPÍRITOS ATRASADOS CARREGAM O ATRASO NA ÉTICA
Vamo acabar com essa Zorra
CONSTANTINO OBRIGADO POR SER UM ” SER ” MELHOR PARA AJUDAR A ESCLARECER OS IMBECIS DESSE PAÍS
Constantino ajude-nos a interpretar uma musiquinha enfadonha que vem com uma batida musical (RAP) e a identificar seu autor que parece ser o mesmo notável que disse como ativista da UNE “nós derrotamos o bolsonarismo”, que assim expressa o ódio a no mínimo mais de 58 milhões de bolsonaristas democratas com o
RAP DA DEMOCRACIA propagada pelo TSE:
“na hora da verdade a democracia fala mais alto” “soberania e força popular tem que respeitar” “liberdade de expressão não é licença para espalhar mentira, ódio, golpe e desavença” “democracia é conquista, não é sorte, pode recuar que a consciência aqui é forte”.
Constantino, quanto nos esta custando mais de 2 meses sendo divulgada por todos os meios de comunicação, cansando nossos ouvidos e desrespeitado enorme população democrática brasileira?
Excelente texto, além de me proporcionar algumas reflexões: “Em época de paz, os filhos enterram os pais, enquanto em época de guerra são os pais que enterram os filhos”. Heródoto ( V A.C.).
Será que esta observação deste historiador ainda é válida? Já há 80 anos findou a II Grande Guerra. De lá para cá foram muitas mudanças, em todos os campos do conhecimento humano, como TV, comunicações, informática, genética, armamentos, etc. Fatos importantes ocorreram em regiões localizadas, seja em regimes políticos, militares (Coreia, Vietnam, Afegão, Israel e os povos Árabes), com óbvias manifestações decorrentes.
Então, o porquê das oligarquias e gerontocracias permanecerem até os dias de hoje, com o mais jovens se divertindo, protestando, pintando seus cabelos, alienados? Estamos em permanente guerra? Ou será que a afirmação de Heródoto perdeu validade? Relativizando, alguns jovens em menor proporção fizeram grandes mudanças para a sociedade como um todo (genética, astrofísica, engenharia), porém o mundo não para de crescer e os problemas se acumulam, estabelecendo o patriarcado estatal para cuidar dos problemas : quando os velhos se empossam do poder. Quem se habilita a se responsabilizar pela sua própria existência? Os pais.
Grato pela oportunidade
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