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Harrison Butker, jogador do Kansas City Chiefs, em seu discurso de formatura | Foto: Reprodução/Benedictine College/YouTube
Edição 218

A verdadeira resistência

Apesar da turba da guilhotina ser barulhenta, a maioria silenciosa que defende o correto e o justo não sai jamais da retaguarda

Ana Paula Henkel
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No início da década de 1990, o analista político Joseph Overton, ex-vice-presidente do Centro de Políticas Públicas de Mackinac, no estado do Michigan, desenvolveu através de seus estudos a “janela do discurso”, um conceito sobre a gama de políticas politicamente aceitáveis para a população. Sua teoria ficou conhecida como Janela de Overton.

Em seu seu cerne, a Janela de Overton representa o espectro de ideias consideradas aceitáveis no discurso público em um dado momento. Ideias dentro da janela podem ser defendidas publicamente sem ser consideradas demasiadamente radicais ou inaceitáveis pela sociedade, e a janela pode se mover ou expandir ao longo do tempo. Ideias outrora consideradas radicais ou impensáveis podem entrar na janela da aceitabilidade, enquanto ideias anteriormente consideradas aceitáveis podem sair dela. Essa mudança pode ocorrer devido a transformações nos valores sociais, tendências culturais, movimentos políticos ou eventos influentes. 

Joseph Overton, cientista político americano | Foto: Reprodução

A Janela de Overton pode moldar nossa vida, nossas leis e nosso futuro. Mova-a e você mudará o debate. Mude o debate e você mudará a sociedade. Sua visão não é fixa, e é aqui que os radicais, de qualquer lado, fixam seus olhos. A teoria não engloba apenas a determinação do que a maioria das pessoas na sociedade aceita, mas defende que é possível mudar a aceitação das pessoas em qualquer assunto e manipular a opinião pública. E para que a Janela de Overton se desloque para a direita ou a esquerda não é preciso que a população mude sua opinião sobre um tema, apenas que aceite um “meio-termo” inicial. Provoque a proposta de uma grande mudança, mexa um pouco mais na janela. É quase como a história da rã sendo cozida na panela com água que aquece gradativamente. Sem sentir o calor de forma abrupta, o bicho permanece na água até a ebulição e morre.

As mudanças realizadas na Janela de Overton podem alterar a opinião de “inaceitável” para “verossímil”, “neutralidade” e progredir para “inevitável” ou vice-versa, levando as pessoas da aprovação à desaprovação de algo. Tudo depende de como grupos ideológicos e governos gastam dinheiro para “vender ideias” e conquistar a opinião pública. Os sentimentos sociais são detectados a partir de um certo ponto e, então, começa-se um trabalho para neutralizá-los e, em seguida, mudá-los.

A Janela de Overton | Foto: Wikimedia Commons

Os deslocamentos, por exemplo, vão desde a mudança da aceitação do cigarro em lugares públicos e fechados, por causa da propaganda antitabagista recorrendo a cientistas, até temas de cidadania, aborto, sexualidade e criminalização de drogas. A Janela de Overton é deslocada principalmente através de políticas públicas que são empurradas por políticos que contam com a ajuda de assessores e da própria imprensa, institutos de pesquisa, agentes lobistas e, hoje, principalmente, influenciadores. Overton chamou esses agentes de think tanks, pois eles são mobilizados e colaboram na formação de opinião de seu público, deslocando a janela de aceitação de uma ideia.

Há alguns anos, a Janela de Overton nunca foi tão movida para a esquerda e para um radicalismo nocivo para a humanidade. A tática desses agentes é muitas vezes desviar o foco de um tema principal pautando assuntos adjacentes. Dessa forma, o discurso torna-se mais aceitável até que a percepção das pessoas tenha mudado. O medo de “cancelamentos” paralisa muitos que podem até não concordar com ideias radicais ou discursos absurdos fantasiados de tolerância. Mas muitos ainda preferem o silêncio a ser engolidos por turbas vorazes destinadas a colocar as pessoas em masmorras virtuais caso optem pelo questionamento das ideias e conceitos radicais que a extrema esquerda quer implementar na sociedade ocidental.

Bem, não é o caso de Harrison Butker, jogador da liga profissional de futebol americano (NFL) pelo Kansas City Chiefs. Católico devoto, o que já é hoje em dia uma grande provocação para a turba progressista, Butker mexeu em um caldeirão e despertou a ira da extrema esquerda nesta semana com seu discurso de formatura no Benedictine College, uma pequena instituição católica localizada em Atchison, Kansas. Durante 20 minutos, Butker disse que pretendia dizer “as coisas difíceis em voz alta”.

Harrison Butker no Campeonato AFC, em Baltimore (28/1/2024) | Foto: Wikimedia Commons

Um ano depois de encorajar os alunos do Instituto de Tecnologia da Geórgia a se casarem e terem filhos para salvar o mundo, Butker voltou ao palco de formatura do Benedictine College revigorando a mais nova geração de jovens adultos a permanecerem fortes em sua fé e valores. O tricampeão do Super Bowl iniciou seu discurso elogiando os formandos que superaram os lockdowns impostos pelo governo durante os primeiros anos de faculdade e alertou sobre a nação americana estar em rápido declínio.

No discurso emoldurado por suas crenças, Butker mirou uma variedade de princípios intocáveis da ortodoxia progressista, incluindo o sagrado “Mês do Orgulho”, enquanto alertava sobre a ameaça de “perigosas ideologias de gênero”. Depois de elogiar sua mulher, Isabelle, afirmando que ela “seria a primeira a dizer que sua vida realmente começou quando ela passou a viver sua vocação de esposa e mãe”, ele teve a ousadia de sugerir que o lugar da mulher é onde ela quiser, principalmente se as mulheres da turma de formandos quisessem assumir “um dos títulos mais importantes de todos, de esposa e mãe”, em vez de apenas querer subir na hierarquia corporativa.

Mas o pecado mortal para a esquerda cometido por Butker foi quando disse aos homens para “não se desculparem pela sua masculinidade” e lutarem “contra a emasculação cultural dos homens”. Previsivelmente, os esquerdistas americanos perderam a cabeça com as afirmações e fizeram a velha pressão conhecida de todos para que alguém pagasse o pedágio ideológico à turba sedenta de sangue. A NFL, outrora conhecida pela sua masculinidade, condenou o discurso e afirmou que “as opiniões do jogador não são as da NFL como organização” e que a “NFL é firme no seu compromisso com a inclusão, o que só torna a nossa liga mais forte” blá, blá, blá…

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O discurso de Butker não ofendeu apenas as preferências e comportamentos autorizados pelas turbas, mas foi também uma blasfêmia contra a religião de consciência autorizada pelos agentes da imprensa ativista em coro com o “beautiful people” e sancionada pelo Estado. Butker cometeu o crime de dar testemunho público da sua fé, defendendo pontos de vista que todos os fiéis católicos defendem — juntamente com um grande número de cristãos não católicos: “Coisas como o aborto (…) a eutanásia, bem como um apoio crescente a valores culturais e meios de comunicação degenerados, tudo resulta da difusão da desordem”, disse ele. “Alguns de vocês podem seguir carreiras de sucesso no mundo, mas atrevo-me a adivinhar que a maioria de vocês está mais entusiasmada com o seu casamento e com os filhos que trarão a este mundo”, disse ele, provocando aplausos espontâneos de seu público.

Nem o presidente Joe Biden foi poupado. Com ar de incredulidade, Butker disse: “A nossa própria nação é liderada por um homem que proclama pública e orgulhosamente a sua fé católica, mas ao mesmo tempo é delirante o suficiente para fazer o sinal da cruz durante uma manifestação pró-aborto”. Biden ganhou as manchetes em abril depois de invocar o gesto religioso durante uma manifestação sobre o aborto, onde ativistas democratas reclamaram das proteções da Flórida para bebês em gestação. Butker disse que o repetido “apoio vocal ao assassinato de bebês inocentes” de Biden durante todos os nove meses de gestação dá às pessoas a impressão errada de que “você pode ser católico e pró-escolha”.

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Como não existe neutralidade moral, Butker encorajou os recém-formados a tomarem uma posição contra os males que assolam o nosso mundo: “Esses são os tipos de coisas que a sociedade nos diz para não mencionar. Você sabe, as coisas difíceis e desagradáveis. Mas, se quisermos ser homens e mulheres neste momento da história, precisamos parar de fingir que a ‘igreja do bem’ é uma proposta vencedora. Devemos sempre falar e agir com caridade, mas nunca confundir caridade com covardia”. 

Butker está certo. No momento em que os cristãos sérios cederam terreno cultural aos caprichos perigosos do mundo e da turba jacobina, eles tropeçaram. O pêndulo da Janela de Overton foi movido de uma maneira quase irreversível quando se trata da proteção à vida, da família e dos reais valores humanos que sustentaram durante tantos anos os pilares da civilização ocidental.

Uma petição da Change.org circulou nesta semana pedindo aos Kansas City Chiefs que demitissem Butker pelo discurso proferido em uma instituição católica. O jornal USA Today publicou uma coluna declarando que Butker tem pontos de vista “extremistas e neandertálicos” que representam uma visão de mundo “odiosa” que quer arrastar as mulheres de volta aos maus velhos tempos.

Notícia publicada no USA Today (15/5/2024) | Foto: Reprodução/USA Today

A esta altura, nada disso deveria nos surpreender. Não discutimos mais se aborto como “controle de natalidade” é errado, mas com quantas semanas é “correto” matar o bebê no ventre de sua mãe. A esquerda no Brasil e no mundo ergueu uma religião neopagã própria, uma espécie de inversão do cristianismo que consiste numa mistura de liberação das drogas e do aborto a qualquer tempo, libertação sexual desenfreada e sem compromisso, ideologia de gênero e políticas de identidade. Se você falar contra qualquer uma dessas coisas, terá cometido a maior de todas as blasfêmias — deve ser alvo e destruído.

Dentro do mais novo cancelamento da esquerda radical americana, a camisa de Harrison Butker, desde que seu discurso viralizou nas redes sociais e nos noticiários, tornou-se a mais vendida de todos os times da NFL nesta semana

Temos que colocar na cabeça (e seguir com coragem) que essas pessoas são fanáticos intolerantes — exatamente aquilo que acusam católicos como Butker de ser. Eles não vão parar até que todos os cristãos e pessoas de bem dissidentes sejam expulsos da vida pública. Quer você seja católico, quer não, esses cancelamentos precisam chegar a um fim. Você nem precisa ser cristão. Se você quer apenas ficar sozinho, viver em paz e deixar os outros viverem, precisamos entender que a esquerda não vai permitir nem isso. Se um católico devoto não consegue defender os valores católicos dentro dos muros de um colégio católico sem condenação em massa, não há lugar para onde os conservadores, liberais ou libertários possam recuar, onde a esquerda não os encontre e os faça ceder.

Mas a esperança também é teimosa. Dentro do mais novo cancelamento da esquerda radical americana, a camisa de Harrison Butker, desde que seu discurso viralizou nas redes sociais e nos noticiários, tornou-se a mais vendida de todos os times da NFL nesta semana. Apesar da turba da guilhotina ser barulhenta, a maioria silenciosa que defende o correto e o justo não sai jamais da retaguarda.

Deixemos que o exemplo de Harrison Butker seja um apelo às armas que temos para defendermos de forma assertiva os valores inegociáveis do nosso cenário político sem que aceitemos “acordos” morais apenas pelo medo de falar e de defender o que é correto.

Leia também “O povo pelo povo”

22 comentários
  1. Valesca Frois Nassif
    Valesca Frois Nassif

    Belo artigo, Ana! Muito obrigada por nos ajudar a manter acesa a chama da esperança , informando-nos da luta de um bravo guerreiro como este. Nem tudo está perdido!

  2. José Pedro Scatena
    José Pedro Scatena

    O tempo dos mártires digitais já passou. Por mais barulho que façam os auto investidos new inquisidores, woke, progressistas e a imprensa mainstream, já chegamos ao estágio do autoconhecimento como grupo social e descobrimos que somos maioria, que somos mais fortes e que nossas convicções e moralidade superam de longe a degradação que se tenta impor à sociedade.
    Parabéns, Ana. Seu artigo é um maravilhoso reforço à virtude que buscamos reaver para o Brasil. Graças a Deus. Assim seja.

  3. Manoel F A Ferreira
    Manoel F A Ferreira

    Mahomes (QB) e Andy Reed (técnico), defenderam publicamente Butker.

  4. Frederico Oliveira dos Santos Melo
    Frederico Oliveira dos Santos Melo

    Excelente artigo! Muito obrigado por trazer informações relevantes!

  5. Marco Aurélio Oliveira De Farias
    Marco Aurélio Oliveira De Farias

    Ana, Parabéns pela excelente reportagem!

  6. Selma Rocha
    Selma Rocha

    Sou cristã e Kardecista e não abro mão dos meus princípios, bom saber que há muitos de nós espalhados pelo mundo dispostos a dizer as verdades que incomodam. Eles são poucos, mais são barulhentos e por isso muitas vezes intimidam, ainda assim, a covardia não deve ser nosso norte. Parabéns pelo texto Ana, e que somemos esforços nessa árdua luta, venceremos! JESUS NOS ABENÇÕE!

  7. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Muito bom, Ana. Oportuno discurso do jogador do atual campeão da NFL.

  8. Murillo Gonzaga Saavedra Pires
    Murillo Gonzaga Saavedra Pires

    Aborto NUNCA!!! Família SEMPRE!!! SALVE MARIA SANTÍSSIMA!!!

  9. Sônia Dias Mecking
    Sônia Dias Mecking

    Bom dia.
    Foi por isso que começei a parar de ler a Revista Oeste. Apesar de não ter conhecimento profundo sobre o tema em questão, me sentia mal com esses comentários de “Não temos mais Democracia”, “A Democracia acabou”, “Precisamos perceber que a Democracia não existe mais”, “O fato é que temos, a muitos anos, outro sistema de governo”. Então, é para convencer o povo? Porque grande parte dos Brasileiros desenvolvem o infeliz hábito de se acomodarem com fatalismo ao que já “É”. Vocês não sabem disso? Não tería-mos que dizer “Nossas lutas são defendendo a PERMANENTE DEMOCRACIA, QUE QUEREM DERRUBAR, ” NOSSA PREOCUPAÇÃO É QUE SE MANTENHAM VIVOS OS IDEAIS DE LIBERDADE, “”DIFERENTES DOS QUE ESTÃO VIGENTES, ATUALNENTE””, ” NOSSA INTENSA DEDICAÇÃO É PARA QUE A CONSTITUIÇÃO PARE DE SER AGREDIDA , PARA QUE AS AUTORIDADES QUE A DESPREZAM RESPONDAM POR ISSO” ? Não seria MELHOR acostumar o povo a ESCUTAREM E VEREM ESSES TEXTOS ?????? Fiquem com Deus.

  10. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    O esquerdismo surge em busca da liberdade, com a evolução eles caem na anarquia distorcendo a compreensão pela pretensão de superioridade intelectual, isso resulta em mais antolhos para os esquerdistas até ficarem mais burros sem perceberem

  11. Alcione Magalhães Ferreira
    Alcione Magalhães Ferreira

    Sem palavras…Só emoção.

  12. MNJM
    MNJM

    Ana brilhante como sempre, excelente artigo. Defender os nossos valores sem medo, somos a maioria, o povo brasileiro é conservador..

  13. Lauro Patzer
    Lauro Patzer

    Um artigo diferente, profundo e completo sobre um tema pouco conhecido: “a janela do discurso” ou “Janela de Overton”, considerando o autor do conceito. Entre em pauta a ideologia, a imprensa massificada, os influenciadores e o “poder”. Eu deduzo — minha opinião — um governo que usa o dinheiro do contribuinte para fazer publicidade, propaganda sobre si, como está acontecendo com o atual governo brasileiro. Há uma propaganda voraz na TV tão adjetivada de virtudes supremas de um governante extremamente preocupado com a enchente no Rio Grande do Sul e, amo mesmo tempo, tão atacado por “fake news” de extremistas, apelando ao povo de não acreditaram nessas críticas. Quando vejo essa publicidade enganosa e mentirosa, lembro que em 2014, no governo de Dilma, ela fazia o mesmo usando a Petrobras, como se estivesse flutuando em bonança, quando estava afundando na corrupção de um desgoverno. Acha que dá para enquadrar a “Janela de Overton” à realidade que vivemos no Brasil. | Parabéns Ana Paula, brilhante artigo.

  14. Osvaldo Pasqual Castanha
    Osvaldo Pasqual Castanha

    Texto irrepreensível. Somos a maioria silenciosa. A minha grande alegria é que, aqui e acolá, vemos gente famosa se levantando em defesa dos valores morais e familiares, condenando vivamente a intolerância reinante contra os conservadores. Essas manifestações dão alento e e esperança para a maioria silenciosa saber q não está sozinha, e conta com gente de peso para defender nossos valores.

  15. Amanda da Silveira Prado
    Amanda da Silveira Prado

    Brilhante!

  16. Elias José de Souza
    Elias José de Souza

    Esse assunto é de extrema importancia para os conservadores, infelizmente uma grande parcela desa população ainda não se interessa por esse assunto e a esquerda se aproveita disso.

  17. Bianca Diamante Waisberg
    Bianca Diamante Waisberg

    Enquanto tentam nos empurrar para fora da janela de Overton, cada vez mais escancarada; escutar discursos como o de Harrison Butker nos dá a força necessaria para que continuemos resistindo! Mais um dos belíssimos e encorajadores artigos da querida Ana Paula!

  18. Emilio Sani
    Emilio Sani

    Parabéns a Ana,como sempre, pelo brilhantismo dos seus textos, e aproveito para recomendar a todos que comprem e assistam o emocionante “Não tenham medo”: o chamado de João Paulo II, documentário também brilhante, e lembrando que num gesto belíssimo da nossa querida campeã olímpica e excelente colunista os valores arrecadados até o fim do mês estão sendo doados para ajuda aos afetados pelas enchentes no RGS (pelo que entendi e me lembro)

  19. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Aqui no RS estamos numa roda viva. Até lembro do Valdique com aquela música “A vida é uma roleta onde apostamos tudo”… A fase pós-choque tem confundido mentes, até mesmo aquelas que não acreditam que no momento da fecundação a alma nasce junto com o futuro corpo físico. Os loucos da esquerda não têm alma. Por isto vendem tudo até a alma que eles não acreditam existir. Quando o poeta fala em alma ele quer dizer um compromisso com sentimentos de vida na terra e espiritual. Quem não tem alma não sente nada.
    Muitas pessoas estão perdendo a paciência com as enchentes e procuram desabafar culpando alguém, como se mãe natureza fosse comprometida com ideologias.

  20. João Cirilo
    João Cirilo

    Que belo artigo. Quase tão belo como a verdadeira profissão de fé de Harrison Butker.

    Porque não é fácil falar as verdades hoje em dia.

  21. MARIA TEREZA SILVEIRA BOHME
    MARIA TEREZA SILVEIRA BOHME

    Muito bom!!!

  22. Bruno
    Bruno

    Brilhante, como sempre.

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