Circula pelo chão do Brasil uma persistente inquietação institucional, que não terá solução se for mantido, para a próxima eleição, o mesmo sistema opaco de apuração de votos e a mesma impossibilidade de recontagem. Mas isso é apenas a origem do que foi gerado por essa inquietação: um desrespeito fatal à democracia, pelo não respeito à Constituição, em cláusulas essenciais, como a liberdade de expressão e a vedação à censura. Subproduto disso, mas não menos nociva à democracia, é a agressão à inviolabilidade parlamentar por palavras — tudo isso embrulhado na falta do devido processo legal, do juiz natural, do amplo direito de defesa. Com isso, fica difícil, sem mentir, afirmar que o país vive um regime democrático de liberdade e garantias fundamentais. Mas, nos últimos dias, recrudesceram vozes de alerta e resistência.
Nesses agitados dias, a Praça dos Três Poderes foi abalada pela pirotecnia do chaveiro catarinense, que acabou em morte trágica, seguida do suicídio, com fogo, da mulher de quem ele havia se separado recentemente. Mas aqueles não foram os únicos sons que se ouviram, e nem tudo que se ouviu parece fogo de artifício. As recentes vozes começaram pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Herman Benjamin, em entrevista à Folha de S.Paulo. O ministro disse que magistratura não é carreira para quem quer ser famoso; tem que ser reservado; só se manifestar nos autos; querer ser polêmico, próximo à classe política, é incompatível com a magistratura; é comum que a má conduta de um reflita na instituição. E concluiu que quem não puder ser reservado não deve ser juiz, mas procurar outra profissão.
Depois vieram presidentes das OAB de Minas e Rio Grande do Sul, denunciando a falta do amplo direito de defesa. O de Minas, Sérgio Leonardo, diante do presidente do Supremo, ministro Barroso, na Conferência Nacional da Advocacia, afirmou que ministros não recebem advogados, recebem apenas cópias parciais de processos, e que os advogados repudiam essas atitudes. Em Porto Alegre, o presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, manifestou críticas ao Supremo, argumentando que o STF se afastou da Constituição que deveria guardar. No Congresso, deputados e senadores cobram a omissão do Superior Tribunal Militar (STM) em relação a militares da ativa presos, e o presidente do STM responde com um argumento jocoso, de que, se forem condenados na Justiça Civil, a Justiça Militar fará um processo ético.
Aí se ouve a voz pesada de um ex-presidente do Supremo, o único juiz de Direito de carreira da Corte, Luiz Fux, repetindo o seu discurso de posse na presidência, em 2020. Reiterou a seus pares que o Supremo é Judiciário, e não Legislativo, e muito menos político. Que as questões políticas devem ser tratadas nos plenários da Câmara e do Senado, não no Supremo; que está se desgastando ao se envolver em assuntos que são do Congresso. E, numa audiência sobre a necessidade de comprovante do voto e transparência na apuração, o vice-presidente do Tribunal Eleitoral, ministro do Supremo Nunes Marques, que vai presidir as eleições de 2026, afirmou que comprovantes de votos e métodos de apuração eleitoral devem ser decididos no lugar próprio, que é o Legislativo — e não no Supremo.
Agora o Supremo faz alterações no Marco Civil da Internet, lei que vigora há dez anos. Diz que é inconstitucional o artigo 19, que obedece à Constituição, para manter incólumes a liberdade de expressão e a vedação à censura. Mexe em drogas, em aborto, em casamento, diz que artigo da Constituição é inconstitucional, como o marco temporal. O Supremo, a despeito da separação de Poderes, legisla — e o Legislativo fica silente, mesmo quando a incolumidade até da tribuna é atingida, como no caso do deputado Van Hattem.
Aí, não se pode esquecer a gravíssima omissão do Senado. A teoria dos três Poderes prevê, entre eles, um sistema de pesos e contrapesos, e o Senado é o contrapeso institucional para excessos do Supremo. Mas o dono da agenda, o presidente do Senado, não toma a iniciativa de assumir a crucial responsabilidade institucional de impor o equilíbrio, a “volta aos quadros constitucionais vigentes” — como na icônica frase da crise institucional de novembro de 1955. Os responsáveis pela situação esdrúxula por que passa o país não serão esquecidos pela História. Mas precisam ser lembrados no presente pelo Parlamento. Os parlamentares sul-coreanos acabam de mostrar aos brasileiros que representantes diretos do povo são o maior e mais decisivo poder. Até as pedras portuguesas que pavimentam a Praça dos Três Poderes sabem disso.
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OS POSTOS ESTÃO TODOS PREENCHIDOS – OCUPADOS, EM TODAS AS ESFERAS DOS PODERES, POR PESSOAS OPORTUNISTAS QUE NÃO MERECEM O QUE COMEM E USURPAM, DAI A SITUAÇÃO A QUE CHEGAMOS.
O ato mais louvável que poderia, mas não vai acontecer, seria a renúncia de Moraes, Barroso e Gilmar Mendes pra salvar a reputação do STF, hoje totalmente à margem da Lei e dos anseios da sociedade.
Lendo esta reportagem, vem à mente o nome de um dos maiores responsáveis, senão o maior, pelo DESCALABRO que vivemos no Brasil de hoje: RODRIGO PACHECO, o “Judas Mineiro” que traiu o povo de Minas e entregou o Brasil ao STF.
Com sua COVARDIA em defender a Constituição e as Leis, permitiu que chegássemos ao fundo do poço, onde o STF passou a mandar em tudo e em todos, se auto atribuindo poderes plenos para fazer o que bem entendesse à partir dos Inquéritos abusivos do Ministro Moraes.
Por sua covardia e submissao ao “Sistema Lula-STF”, nunca mais será eleito para qualquer cargo pelo povo mineiro.
Alexandre parabéns pelos insistentes apelos que faz ao SISTEMA para pacificar a população, incluindo o comprovante do VOTO para servir como autentica AUDITORIA e a necessária CONTAGEM PÚBLICA para comparar com os resultados eletrônicos. É louvável a manifestação de ministro Nunes Marques atribuindo ao LEGISLATIVO a competência para aperfeiçoar o antigo processo eletrônico, já superado até pela VENEZUELA, que permitiu à oposição e ao mundo constatar que o atual governo fraudou as eleições. Como saberiam se não houvesse os comprovantes apurados?
Entendo portanto que não será mais necessário novo processo legislativo (LEI, PEC) para implantar o comprovante do VOTO para 2026, já devidamente testado, pois sabemos como estranhas visitas alteram os processos legislativos. Basta que a maioria do CONGRESSO exija que o TSE implante esse aperfeiçoamento para 2026 sob pena de obstrução dos trabalhos legislativos.
Vale dizer que Bolsonaro disse diversas vezes que passaria a faixa presidencial ao vencedor com eleições TRANSPARENTES E AUDITÁVEIS..
O sistema comunista está dominado. A ditadura comunista avançando.
Acompanhem como são as eleições nos outros países que tem relevância. Argentina, Uruguai, Equador, México, EUA, Alemanha, França, Itália, Holanda, Reino Unido, Suécia, Japão, e tantos outros…
NENHUM usa urna eletrônica a lá TSE.
Bota esses bandidos do STF do TSE do STJ do CNJ e de todos os tribunais de justiça e meia dúzia de capangas da PF todos na cadeia e joga essas urnas eletrônicas no lixo e eleição igual a da França. E o grupo prerrogativas da OAB tem uma única prerrogativa é Xadrez
STF não pode legislar. Não tem competência para isso. O Legislativo tem a obrigação de impedir essa transgressão. O povo não deu esse direito às togas.
Tudo isso que estamos vivenciando são deboches os mais descarados que se possa imaginar, das autoridades para com o povo e a Nação brasileira que pagamos seus vultosos salários e mais os penduricalhos os mais inescrupulosos como nunca antes neste País, as quais usam e abusam de suas respectivas autoridades para perseguir, humilhar, prender e multar os que ordeiramente se manifestam pedindo socorro, o qual pelo visto virá mesmo dos céus. Mas o povo precisa abrir os olhos e agir, pois o que é para o homem fazer certamente Deus não o fará. Partamos pra cima e exijamos eleições com a contagem pública de votos, além de outras ações como liberdade de expressão, sobretudo na atividade parlamentar nas tribunas da Câmara e Senado Federais, é o mínimo que temos que exigir já para as eleições de 2026. É assim que a democracia deverá funcionar, com total transparência para todos.
A queda na qualidade intelectual dos deputados, senadores, governadores, juízes, jornalistas, e outros, é brutal. Mas o aumento das maracutaias tb é visível. Só Deus sabe o fim disso tudo
Sr. Alexandre Garcia, o Brasil, nesta legislatura, inaugurou uma novidade: o “Congresso Singular”. O congresso brasileiro, composto pelas duas casas – Câmara e Senado – tornou-se o Congresso de duas pessoas: uma na Câmara e outra no Senado. E é assim que está funcionando: os dois decidem as pautas (antes havia reuniões de líderes), designam as datas e os processos de votação, e eles memos votam, impondo ao País sua vontade, sua covardia, sua omissão. E principalmente, seus interesse pessoais, políticos, financeiros e/ou quaisquer outros, espúrios ou não (tipo acordo do Sr. Lira com o STF para jogar denúncias para debaixo dos tapetes).
Tchê. Acho que tu não vai ler todos os comentários, pois tens um número muito grande de fãs. No entanto, é bom não descartar que a presidência do Senado continuará com membros da máfia. Os senadores também são culpados, não apenas o Presidente. Deveria existir uma maneira de pedir o impchmeant do presidente da casa também. E logicamente, os demais membros deveria escolher bem o próximo presidente. E mais: não adianta mais senadores e deputados denunciarem ilegalidades e crimes na Tribuna porque o MP fica em silêncio e não investiga nada. O deputado holandês fez uma denúncia muito clara contra um funcionário público e o discurso não é calúnia. É pura denúncia. Até quando poderemos assistir a Oeste sem Filtro?