Nascido em 25 de dezembro de 1953 na cidade gaúcha de Lagoa Vermelha, João Pedro Stedile formou-se em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, fez um curso de pós-graduação na Universidade Autônoma do México e decidiu esquecer que era economista. Nunca exerceu a profissão, nem arranjou algum emprego em outro campo do conhecimento humano. Ninguém sabe, nem ele conta, como sobreviveu até 1984, quando ajudou a fundar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, vulgo MST. Já tinha mais de 30 anos ao descobrir o duplo ofício que lhe garantiria notoriedade e vida mansa nos 38 seguintes: rufião de lavrador sem onde cair morto e especialista em invasão de propriedade alheia.
O descendente de imigrantes italianos inconformado com a existência de agricultores sem escritura é a camuflagem de mais um órfão inconsolável da União Soviética soterrado nos destroços do Muro de Berlim. Em entrevistas a publicações burguesas e encontros com papas que acreditam em anjos com sexo, o líder do MST jura que persegue exclusivamente a reforma agrária. Some-se o que seus liderados fazem ao que ele próprio diz em palanques ou no mundo das barracas de lona preta e se verá o personagem sem revisão, sem retoques nem botox. O Stedile como Stedile é escancara o comunista irredutível que estupra sem hesitação qualquer norma legal, de preferência uma cláusula pétrea da Constituição.
Sumido do universo rural desde o dia da posse de Jair Bolsonaro, o MST resolveu ressuscitar na semana passada — e no coração do poder. Foi exumado da cova rasa por 60 arruaceiros que invadiram a casa em Brasília que abriga as sedes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). O bando apedrejou o imóvel, pichou o muro e sujou paredes com inscrições insultuosas ao presidente da República em particular e a empresários do agronegócio em geral. Os desordeiros caíram fora antes que a polícia chegasse ao local do crime e pudesse cumprir seu dever. A paternidade da patifaria foi assumida pela Via Campesina, consórcio formado por velharias ideológicas que chamam agricultor de “camponês” e funcionário público de “pequeno-burguês”.
Segundo o comunicado divulgado no site do MST, a “ação simbólica” fez parte de uma certa Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”. Participaram do ato quase 30 entidades. Portanto, cada patrocinadora enviou, em média, dois representantes. Sobraram siglas, faltou gente. Mas, a julgar pelo palavrório, os sem-terra não pretendem regressar voluntariamente à sepultura que começou a ser povoada no fim do governo do PT, quando secou a torneira de adjutórios que financiavam toda a gastança do MST, do salário do chefe à cesta básica dos chefiados, das procissões no acostamento às revoadas de Stedile pelo subcontinente sul-americano.
“A ação, que contou com a participação de 200 camponeses e camponesas, denunciou o protagonismo que o agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil”, irritou-se num trecho o redator do palavrório. “Neste ano, o agronegócio, com a produção de soja, milho e cana-de-açúcar, está batendo recordes de exportação e lucros.” Mas isso tem cara de notícia boa, precipitam-se os ansiosos. Nada disso, ensina Marco Baratto, um dos “coordenadores” do MST que ajudam Stedile a evitar elevações de temperatura num clube de baderneiros. Baratto explica que o que parece boa notícia, vista de perto, não passa de informação desoladora.
https://www.youtube.com/watch?v=I0EU1lptz1g
Aos ouvidos dos reformadores agrários, então, o que soaria como notícia a celebrar com bandas e fanfarras? “O controle popular dos meios de produção”, recita o apóstolo do minifúndio e da agricultura familiar. Depois da mais extensa quarentena, Stedile e seus oficiais graduados imaginam que as margens das rodovias logo estarão congestionadas por caminhantes de camisa vermelha. Mas a indigência da ofensiva em Brasília reforça a suspeita de que, durante a pandemia, o vírus chinês encomendou um surto de raquitismo para ampliar os estragos causados a um exército que já foi temido.
Nos idos de março de 2006, 2.000 mulheres filiadas ao MST desembarcaram da imensidão de ônibus que ainda manobravam nas imediações da Fazenda Barba Negra berrando a palavra de ordem: “Vamos acabar com essa multinacional”. Ainda que pertencesse a estrangeiros, a fazenda no município gaúcho de Barra do Ribeiro estaria protegida pela Constituição. Mas a proprietária — a Aracruz, uma das maiores produtoras de celulose do mundo — era uma empresa brasileira. Mais: os empregos diretos passavam de 10.000, o laboratório admirado pelas experiências de ponta funcionava havia 20 anos, o horto florestal era um orgulho regional e o viveiro abrigava milhões de mudas de eucalipto. Nada escapou da destruição. O país que pensa e presta contemplou com horror aquele monumento virtual à insensibilidade e à violência. João Pedro Stedile gostou. Num seminário em Porto Alegre, celebrou “a bravura das companheiras camponesas” ao lado de Miguel Rossetto, ministro da Reforma Agrária de Lula.
O exército do Stedile foi desde sempre uma tapeação forjada para silenciar poltrões
Como as ideias e o sotaque, também a fachada de Stedile não muda. A expressão funde a melancolia resignada de quem carrega no cangote todos os problemas do mundo e a soberba de quem tem soluções para todos — e para tudo. A tentativa de sorrir resulta num esgar que combina com os cabelos grisalhos em queda livre, a barba rala e esbranquiçada, o olhar insolente, a ausência do bronzeado que escurece o rosto exposto ao sol, as mãos desprovidas das calosidades que não poupam lavradores. A contemplação de Stedile adverte: eis aí alguém que, se fosse instado a pegar no cabo do guatambu, reagiria como se tivesse ouvido um insulto obsceno. Se nunca empunhou uma enxada, como saber de que madeira é feito o cabo? Bom para ele nem ensaiar o manuseio de uma foice. Pode entrar para a história como o primeiro revolucionário a decepar a própria cabeça.
Bolsonaro nem precisou passar da teoria à prática para que os devotos de Stedile sossegassem. Bastou o fim das relações promíscuas para que os convivas compreendessem o recado: a festa acabara. Ainda não se sabe de onde vem o dinheiro que sustenta o rebanho, quanto o sinuelo consome a cada mês, quem financia tão frequentes andanças. Mas ninguém mais duvida que o exército do Stedile foi desde sempre uma tapeação forjada para silenciar poltrões.
A constatação facilitou o entendimento do triplo recado. Polícia assusta. Ações judiciais inibem. E cadeia cura.
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Praticaram este vandalismo libertino, na sede da empresa e se não houver providências judiciais, veremos dezenas de outras, inclusive invasões de propriedades agrícolas. O teste inicial foi feito e agora, aguardar.
O STF Vergonha Nacional prevarica ao não prender esse canalhas.
Caro Augusto, vou ter que pedir desculpas antecipadas por usar o seu espaço para protestar enérgicamente contra a decisão do J.R. Guzzo de não permitir comentários em seus artigos. Acho que isso se choca frontalmente com aquilo tudo que ele mesmo defende.
O que ele acaba de escrever nesta edição, afirmando que existe empate entre Bolsonaro e o Carniça, é totalmente ridículo. O sr. Guzzo tem todo o direito de escrever o que bem entender, mas não pode negar aos leitores o direito de comentar sobre o que ele escreve.
COMO DIZ,O MST É UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ONDE É COMANDADA PELO TERRORISTA BOULOS.
Até quando os Agricultores e Pecuaristas, vão aguentar sem reagir aos desmandos da
corja de terroristas disfarçados de agricultores, o aviso foi dado pela quadrilha aos picharem os muros e vidros das Associações, tem que se armara como Mato Grosso
e outros Estados e regirem á altura em caso de invasões, não espere por esse judiciário
tomado, e políticos corruptos, que incentivam essas invasões, porque até as eleições
isso vai acontecer com frequência.
Exércitos invasores são contidos de que forma? Chumbo no ato da invasão é a solução!
Quando a verdade é dita….parabéns.
ENTENDERAM AGORA PORQUE O ATUAL ESTATUTO DO DESARMAMENTO ENGESSA QUALQUER TENTATIVA DE DEFESA DO PATRIMONIO??? ENTENDERAM PORQUE BOLSONARO INSISTE EM DEIXAR LIVRE A ESCOLHA DE UM CIDADÃO SE DEFENDER??
ENTENDAM DEFINITIVAMENTE QUE BANDIDO RESPEITA CIDADÃO ARMADO
Texto primoroso. Parabéns Augusto. Cadeia para esses vagabundos do mst.
É claro que se trata de um exército vermelho. Sentiram que os seus representantes no Supremo estão vivos e atuantes. Certo mesmo é que a ausência do Estado acarreta mais ausência do Estado. Vamos chegar aonde?
Bravata de Lula com relação ao “exercito” do Stedile e bravata de Bolsonaro ao “exército” de Caxias. Estamos acostumados a ter medo de bravatas mesmo sabendo que são bravata. João Doria, Eduardo Paes, Kalil, Grampinho, etc. bravatearam que iriam bater nas pessoas se saíssem às ruas. Bateram em meia dúzia e 210 milhões se recolheram. A PM iria bater em gente de bem? Óbvio que não. Mas era cômodo ficar em casa. Com certeza, se Bolsonaro mandasse enjaular o “machochô” do STF com um cabo e um soldado o Alexandre de Moraes por pisar na CF, os outros 9 iriam se esconder em baixo d mesa. Mas são todos uns bravateiros.
Voces deveriam mostrar um filme desta fazenda de pesquisa, mostrar os invasores/destruidores dela e mostrar as vinte horas nos canais de televisão para que todos vissem. As pessoas nao sabem ou nao acreditam.
Precisam ver para crer.
Excelente texto de Augusto Nunes. E ainda tem “jornalista” que dá espaço a esse fora da lei que comanda o bando dos Sem Terra. Lamentável, mas é a realidade da mídia podre brasileira.
O bandido solto por canetada de um dos (ao menos) 9 que insistem em se autoproclamarem do lado do bom senso, também conhecidos como ministros do STF, sempre chamou a esse bando de bandidos do MST seu exército. Afinal bandido encobre a bandidagem.
Em reportagem da Oeste (https://bit.ly/3E7GEAu) nos horrorizamos com mais um episódio, não apenas do MST, do PT.
Não estou entendendo a campanha feita pelo MST todos os dias no Facebook se mostrando os maiores agriculturonas do mundo , plantando distribuindo comida 🤔o que tem por trás disso????
Só no Brasil uma coisa tão antiga pode continuar existindo depois de quase 40 anos de arruaça.
Se eu sou um fazendeiro eu receberia esse vagabundos na bala, sem dó.
Tem gente que não gosta mesmo de trabalhar,apesar de ter profissão definida.Esse aí faz parte da turma,se aliou com um grupo que gosta muito de receber dinheiro,seja público ou de pobres,para invadir propriedades alheias e lucrar sem qualquer esforço pessoal.Esse dá mão ao Boulos e continuam na ilegalidades.
Errata:na ilegalidade.
Augusto Nunes se superando a cada edição.
A verdade é que vivemos uma política surrealista. Não vejo ninguém botar fé nesses esquerdistas. As pessoas acreditam no governo Bolsonaro. Ele está fazendo tudo correto, o resto é o desespero de quem perdeu a mamadeira
Muito bom !!!
Como sempre, o artigo de Augusto Nunes é irretocável. Expõe a hipocrisia desse “movimento” que deveria ser considerado uma facção terrorista de alta periculosidade. Bolsonaro neles!!!
E as leis brasileiras sejam da Constituição, do Código Penal ou do novo legislador STF não conseguem alcançar esse bando. Ao que parece temos dois mundos jurídicos no Brasil com justiça distinta.
Muito bom Augusto. Não pode é desistir.
Todo militante do MST é machão até se deparar com produtores rurais armados e dispostos a defender suas vidas, suas propriedades.
É também irônico como, além de fechar a torneira financeira, as invasões selvagens cessaram quase que por completo após, no início de 2019, o Presidente sancionar a lei 13.870/19, que diz o seguinte:
“Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.”
Não é sobre armas, é sobre liberdade.
👏🏻👏🏻 perfeito!
Mst é esquerda, ou seja, lixos, não recicláveis