Na Serra Gaúcha, produtores de citros enfrentam desafios durante a safra, especialmente em Bento Gonçalves, Veranópolis e Cotiporã. Até agora, estima-se que 50% da produção prevista foi perdida por causa das fortes chuvas de maio. Os dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) foram divulgados nesta sexta-feira 14.
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O órgão informou que as principais causas da perda de parte da safra são deslizamentos de terra, fissuras, falta de energia elétrica e acessibilidade comprometida.
A família Sikorski, que cultiva mexerica em Bento Gonçalves, está entre os afetados. Com 8 hectares de cultivo, perderam 2 hectares de frutos por causa de deslizamentos.
Produtor da Serra Gaúcha tem prejuízo de cerca de R$ 80 mil
Além disso, a falta de oportunidade para escoar a produção resultou em uma perda de até 20 toneladas de frutas, que gerou um prejuízo de cerca de R$ 80 mil. Eles também estão há 45 dias sem energia elétrica, que impossibilita o uso de câmara fria para preservar os produtos.
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Os produtores gaúchos de citros também enfrentam queda antecipada e rachaduras nas frutas, relacionadas a condições climáticas adversas. O extensionista rural da Emater Enio Ângelo Todeschini explicou que a falta de radiação solar direta afeta a capacidade fotossintética das plantas.
“Desta forma, a fruta amarelece e aborta por desnutrição”, disse Todeschini. “No caso das rachaduras, também por desnutrição, deixou de crescer e naturalmente de expandir-se. Por seu turno, a polpa continuou a absorver água, forçando a casca até a sua ruptura.”