Diante dos transtornos provocados pela passagem de um ciclone extratropical, desde a madrugada de segunda-feira, 4, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul trabalha para resgatar moradores dos municípios mais afetados pelas inundações. Uma parte dessa população, segundo o órgão, buscou abrigos em telhados e árvores.
Até agora, as autoridades confirmaram quatro mortes. Além disso, há 1,6 mil desabrigados e 2,7 mil desalojados — que procuraram auxílio na casa de familiares e amigos.
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De acordo com o coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira, da Defesa Civil do Estado, ao menos 18,5 mil pessoas foram afetadas diretamente pelo ciclone extratropical.
O que dizem as autoridades sobre o ciclone extratropical
A Defesa Civil investiga a possibilidade de um quinto óbito na região. “Recebemos a notícia de que um senhor, no município de Estrela, teria sido levado pelas águas, mas não foi confirmada ainda a informação”, informou o coronel.
As equipes de resgate estão concentradas na região dos Vales, mais precisamente no Vale do Taquari, onde os municípios de Muçum, Roca Sales, Encantado e Lajeado sentem os impactos do ciclone.
“Pessoas em cima de telhados e de árvores estão sendo resgatadas”, disse Oliveira. “Os picos de inundação são diferentes. Estamos monitorando as situações nos municípios.”
Conforme mostrou Oeste, uma situação de calamidade pública tomou conta de Muçum e de municípios vizinhos, no Vale do Taquari, depois das enchentes. A água do Rio Taquari invadiu a cidade, deixando centenas de famílias desabrigadas e desalojadas.
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Na cidade de Roca Sales, por exemplo, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate.
Oliveira disse ainda que solicitou o apoio Ministério da Defesa. “Três botes estão sendo deslocados de São Gabriel e devem chegar na região do Vale do Taquari até o início da tarde, para auxiliar nos salvamentos”, contou.
Ele disse que equipes da Polícia Civil, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros auxiliam no resgate aéreo, embora este tipo de resgate dependa da condição climática. Também estão sendo feitas doações de kits de higiene e cestas básicas.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
Quando a gente viu aqui na Serra GAúcha as águas do Rio das Antas passando por cima de pontes de 25 metros de altura já sabíamos que as cidades em altitudes mais baixas sentiriam rapidamente os efeitos da enchente. As águas de cima da serra geralmente vão para o Guaíba em Porto Alegre por diversos rios.