Por J. R. Guzzo
Publicado no jornal ‘Gazeta do Povo’, em 14 de janeiro de 2021
A transformação da covid e todas as suas consequências em mercadoria política, traficada de um lado para outro por governantes para tirar vantagem pessoal da desgraça comum, está sendo exposta ao público mais do que nunca, e já sem disfarces, com a irada polêmica que envolve no momento a vacinação — e, mais do que tudo, a vacina chinesa Coronavac, ou a “vacina do Doria”, fruto de um negócio entre a China e o governo do Estado de São Paulo.
É uma história que começou mal, e não melhorou. A compra, feita sem licitação pública — como todas as outras atividades comerciais geradas pela covid —, envolve contratos que têm partes inteiras ocultas pelo sigilo. Informações importantes para a sua avaliação não podem ser dadas à comunidade médica, por serem mantidas em segredo pelos fabricantes. Não houve exames independentes de sua composição e de seu desenvolvimento, por meio de organismos científicos internacionais. Não foi aceita nem está sendo aplicada em nenhum país desenvolvido e com boa reputação no trato da saúde pública.
Agora, com a necessidade de apresentar dados objetivos à Anvisa, o único órgão público que autoriza a aplicação de medicamentos no Brasil, a coisa toda desandou de vez. De um lado, o governo paulista e o Partido Nacional da Quarentena Ampla, Geral e Irrestrita exigem, até na Justiça, a liberação “imediata” da CoronaVac. De outro, após muita demora e adiamento na apresentação de dados à Anvisa, passaram a surgir, umas após outras, informações negativas sobre a sua real eficácia.
A população foi notificada, assim, que a “vacina do Doria” não era 100% eficaz. A primeira estimativa foi de “78%”, apenas. Mas também esse número estava errado: refletia apenas um “recorte” dos testes e o certo seriam “50,38%”. A última cifra é “49,69%”. A salada de números se torna definitivamente enigmática quando cientistas independentes, de um lado, e o governo paulista (através do seu Instituto Butantan), de outro, exibem diferentes critérios e métodos de avaliação. Somem-se a isso os palpites dos militantes, dos ministros do STF e da mídia, e estamos em pleno nevoeiro.
Quanto mais a situação fica obscura, mais radical se torna a rixa político-eleitoral que acompanha a covid desde o primeiro caso no Brasil. Depois de muita briga de sarjeta pela “vacinação obrigatória”, já se fala que é indispensável “calar as vozes antivacina” — observações de cientistas como as que são apresentadas acima, por exemplo. Ao mesmo tempo, num manifesto realmente extraordinário, gestores do governo de São Paulo afirmam em público que “não é hora” de ser “científico demais” — depois de terem jurado, durante meses seguidos, que a vacina chinesa era ciência pura, e mais nada.
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“O importante é aprendermos a separar o que é ciência, e a honestidade intelectual esperada de cientistas, das promessas políticas dos governantes”, disse o biólogo Fernando Reinach, Ph.D. em biologia celular e molecular pela Universidade norte-americana de Cornell, em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo. Reinach é um dos mais respeitados cientistas do Brasil — não dá para dizer, simplesmente não dá, que ele é um “negacionista”, um “genocida” ou um porta-voz da “direita”. Em relação ao diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, uma das estrelas da gestão Doria na covid, o biólogo é especialmente claro. “Para mim”, escreveu ele, “Covas deixou de ser um cientista e passou a ser político, um vendedor de ilusões.”
A vacina da China complicou, definitivamente.
É fato que a vacina Coronavac está sendo um claro instrumento de uso político do governador Dória. Entretanto, precisamos lembrar que isso só está sendo possível porque o governo federal se omitiu diante das responsabilidades de liderar o combate à pandemia aqui no Brasil.
Não podemos mais aceitar a politização da covid-19 no momento que passamos enormes dificuldades tanto na saúde quanto na economia.
Não deveria existir nem Dória nem Bolsonaro nesta discussão.
O que, de fato, precisamos, urgentemente, neste momento é enfrentar o inimigo comum que é o coronavírus.
A revista deveria ser mais imparcial. Dória é um marqueteiro de mão cheia. Mas a idéia é tão boa que o Bolsonaro, pra não ficar politicamente pra trás, foi correndo atrás. Meter a lenha no falastrão do Dória sem lenhar Bolsonaro, outro falastrão, é parcialidade de primeira linha.
espero seu comentário com a temática de Manaus. Vc está certo na crítica ao Dória. É uma pena que a gente não pode mais se comunicar.
A vachina do Dória já era, difícil será os brasileiros pagadores de impostos verem o dinheiro de volta.
Que o fundo do poço chegue logo, para avaliarmos se existe ainda alguma água no pote, que seja o combustível para sairmos da lona.
Em 2.018 completamos 30 anos de revolução comunista, e enfrentamos duas pandemias com sérias consequências, a primeira em 2.006 prenunciada pelo General, último da DEMOCRACIA MILITAR, João Baptista Figueiredo, aquele que preferia o cheiro de seus cavalos ao dos políticos.
Logo depois a “marolinha” do vagabundo do Lula, que assim classificou a retumbância da crise européia de 2008/2010.
E aí conhecemos a lava-jato, com os mesmos personagens.
Portanto, estamos vacinados, restando sair da hibernação para refundarmos a República, inspirados no jornalista Quintino Bocaiúva.
Que o povo paulistano cuide de sua cria, João Agripino da Costa Doria Junior, instalado em seu escritório de representação da República da China Comunista, o Palácio dos Bandeirantes.
Alerta à segurança do Palácio: Identifiquem se Márcio Lobão ou sua gang queiram fazer uma visita, adoram quadros valorosos, inclusive de Portinari.
Mestre Guzzo, li o artigo do prof. Fernando no qual realmente critica a forma de apresentar a eficácia da vacina Coronavac, própria de marqueteiros e não de cientistas, mostrando sua decepção com a honestidade intelectual do diretor do Butantã e de outros cientistas que a divulgaram.
Comenta inclusive que a variação entre 50,38 e 49,69% é insignificante para o mínimo desejado de eficácia pela OMS e ANVISA, e portanto acredita que deva ser aprovada se a Anvisa não achar mais erros, bem como, que é ela que temos como opção. Entendo portando que não procura menosprezar sua indicação neste inicio desta importante campanha de vacinação, nem tampouco sua segurança.
É como penso, mas melhor seria se tivéssemos oportunidade de escolha se fossem ofertadas todas as vacinas já reconhecidas, ao mesmo tempo, o que se configura impossível.
Com essa baixa eficácia, creio que seria mais prudente iniciar a vacinação com os profissionais da saúde, segurança, transportes e outras atividades essenciais, porque aos idosos como eu, tomar a vacina com baixa eficácia, vai nos impor continuar em quarentena. Creio que podemos esperar algum tempo para mais ofertas de vacinas (quantidade, segurança e eficácia).
Diante do grave quadro de saúde que o mundo enfrenta, a boa imprensa da Revista Oeste e da Gazeta do Povo e outros meios honestos com a verdade da informação, não deveriam menosprezar e incendiar aquilo que temos.
Quanto ao meu ex idolo Dória, melhor despreza-lo doravante, esse sim um irresponsável que vendeu aquilo que nem conhecia e rotulou como irresponsável quem não comprou antecipadamente a sua mercadoria.
Forte abraço Guzzo
Se o STF insistir em liberar esta desgraça, contra a vontade da Anvisa, cabe a esta exigir uma declaração de responsabilidade dos abutres de toga.
Sugestão: Se o STF liberar esta vacina, já que eles fizeram o pleito pra tomá-las antes de nós “plebeus”, sem problemas (não queremos mesmo), que eles sejam os primeiros…hehehe… Apenas não esqueçamde aplicarem também no Dória e equipe…kkkkk
Já disse a meus pais, residentes no Estado de SP, que não tomem esse lixo doriano-chinês. Que aguardem a chegada da vacina federal de Oxford.
Será que o SStf vai obrigar a população a usar este veneno?
Nem a China usa esta porcaria!
A chinesada fazendo o que sabe fazer melhor… vendendo mxrda!
O covidoria fazendo o que sabe fazer melhor recebendo comissão para ser garoto propaganda (ou em outros termos facilitador) – alguma semelhança com o institutozinho com o qual enriqueceu de forma monumental e meteórica? Totalmente
E o povão… coitado do povão…um joguete político! Jogados contra a parede, na base do “vai com a vachina mesmo” pois já que tamo nesse inferno, já dá logo um beijo na boca do capeta!
Vejam onde esta esquerdalha pseudo progressista nos trouxe! Os chinos criam o problema, espalham por aí e depois vendem a solução…!
Não é brilhante? Os chinos podem ser muita coisa…mas não são burros!
Já nós por aqui….!!!
A justiça tem que exigir que o Doria mostre ok esta por tras desse contrato oculto que existe entre doria e o governo chines e qual e sua real eficacia por que esse Doria nao tem o minimo excrupulo para ter poder nem que tenha que fazer o povo de cobaia dessa porcaria chamada coronavac e nesse momento ate eu duvido que o STF vai exigir que essa vacina seja usada pq sabe se algo der errado eles serao masagrados pela populaçao que vai sim partir pra cima deles e ai duvido que as forças armadas va se meter para proteger eles.
O que existe como pano de fundo, é mais uma investida da normalíssima tentativa de tomada territorial por parte de alguns países tradicionalmente colonialistas, associada às antigas e periódicas tentativas de usurpação de nossos recursos naturais, com o desejo de ascensão ao poder der parte de alguns indivíduos amorais, inescrupulosos e corruptos!
É isso, e com enorme parte da população mundial ceifada de sua capacidade cognitiva, castrada, adestrada e idiotizada, por ideologia perversa e não menos criminosa, lutando contra todos num absurdo e evidente apoio à mediocridade e a marginalidade, para perda da própria independência.
Por aqui, Dória, FHC, STF, grande mídia, …, fazem o que sabem; compete a nós entendermos e tentarmos minimizar os efeitos deletérios!
TUDO o que vem da China é falso e venenoso.