Brasil ultrapassa a marca de 1 milhão de infectados pelo vírus chinês

Apesar da quantidade de casos confirmados, 53% dos contaminados já estão curados

Nesta sexta-feira, às 20h, o Brasil atingiu a marca de um milhão de contaminados pelo coronavírus, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Embora superior ao da maioria dos países, o número, inevitável diante da ferocidade de propagação da atual pandemia, não é tão assustador quanto parece quando analisado em detalhes.

Como mostrou a reportagem A batalha dos números, publicada na mais recente edição da Revista Oeste, algarismos isolados, estatísticas desencontradas e falta de critérios na consolidação de dados não só apavoram o cidadão como atrapalham a gestão pública e o dia a dia de empresas.

Apesar do 1 milhão de casos confirmados assegurarem a segunda colocação do país em números absolutos de contaminados, atrás apenas dos Estados Unidos (2,2 milhões de infectados), a realidade muda bastante quando se leva em conta a quantidade de doentes para cada um milhão de habitantes – dado considerado mais preciso para efeito de comparações.

Neste caso, o Brasil cai para a 5ª posição, com 4.859 contaminados para cada um milhão. Na dianteira estão Chile (12.105 por milhão), Peru (7.412), EUA (6.702) e Espanha (5.252).

A colocação brasileira é a mesma com relação aos mortos. Com 48.954 óbitos, o país é o 2º colocado em número absoluto e cai para a 5ª posição quando analisado a quantidade de mortos para um milhão de habitantes (230 por milhão). Reino Unido (627 por milhão), Espanha (606), Itália (572) e EUA (360) são os primeiros do ranking.

Um dado positivo são os curados. Estão livres do vírus chinês 547.090 brasileiros. Isso corresponde a 52,9% do total de infectados.