Covid-19: secretário defende congelar salário de servidores por dois anos

Para Adolfo Sacshida, não compete apenas à iniciativa privada pagar a conta da pandemia de coronavírus

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O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida | Foto: ANDERSON RIEDEL/PR
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida | Foto: ANDERSON RIEDEL/PR

Para Adolfo Sacshida, não compete apenas à iniciativa privada pagar a conta da pandemia de coronavírus

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida
Foto: ANDERSON RIEDEL/PR

“Não é cortar salários dos servidores, mas não é complicado passar dois anos sem reajuste. O exemplo tem de vir de cima, temos de ter ajustes além dos econômicos”, constatou ontem o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sacshida, numa transmissão ao vivo da XP Investimentos.

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Segundo ele, não é complicado para um funcionário que começa na carreira ganhando R$ 30 mil por mês ficar um tempo sem reajuste salarial — sobretudo neste momento de pandemia de coronavírus, que afetou gravemente a economia mundial. Portanto, a conta não será paga apenas pela iniciativa privada.

“O desemprego está subindo a passos largos. Será que está correto algumas pessoas manterem o emprego e não perderem salário?”, interpelou o secretário, ao se referir, é claro, aos servidores públicos com estabilidade e, também, altos salários e benefícios dignos de marajá.

A indagação de Sacshida coincide com o atual cenário: redução de jornada e rendimentos dos trabalhadores do setor privado. Tais medidas, como a MP 936, estão sendo adotadas para que as empresas possam atravessar este momento de crise, acentuado pelos casos de covid-19 no Brasil.

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5 comentários Ver comentários

  1. É inacreditável que em meio a quebradeira de empresas, desemprego e um gigantesco aumento da pobreza, os funcionários públicos apenas tenham os salários congelados. Uma nação quebrada, na miséria, vai continuar pagando esses privilegiados.

  2. Onde foi que nós nos metemos… sempre me pergunto. Essa história de funcionalismo público ser o El Dorado criou entre os funcionários públicos e também entre a população em geral uma ideia de que esse setor é intocável. No Brasil ou você é FP ou você sonha em ser, por isso nem apoio popular existe para acabar com esses privilégios. A sociedade brasileira precisa acordar e pensar mais no coletivo, isso não é ser comuna, é ser racional. Precisamos ensinar os jovens o valor do empreendedorismo, e a dignidade e honra de conquistar a própria renda, sem pai (Estado) ou patrão.

  3. Só não entendo porque continuam tratando o sistema público de maneira privilegiada. Se o problema financeiro ocorre agora, de que adianta congelar no topo (salários já acima do padrão, pra um serviço péssimo) e por dois anos? Não faz sentido. Seria mais sensato enfrentar esse corporativismo de uma vez e se fazer uma reforma geral e mais conectada com a realidade. Não dá mais pra sustentar essa “nobreza” nos dias de hoje.

    1. Muitos já tentaram, mas é o maior lobby do Brasil. Por quê vc acha que o funcionalismo público é majoritariamente petista? Foi o governo que mais fez concursos e jogou os salários na estratosfera. Hoje tem menino de 20 anos ganhando R$30.000,00 no serviço público. Blz, mas isto reflete o resto do país?

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