“Por enquanto, identificamos efeitos isolados em alguns segmentos da indústria e de serviços, mas a curto prazo o impacto maior é sobre os setores aéreo e de eventos”, afirmou o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, ao jornal O Estado de S. Paulo neste domingo, 15.
A fala do secretário se refere, claro, às consequências negativas do novo coronavírus (covid-19) na economia brasileira, que impactaram principalmente as áreas mencionadas. As passagens de avião, dependentes da cotação do dólar (já subiu 20% neste ano), apresentaram altas significativas. Portanto, desestimulando o consumidor a viajar.
Já o setor de eventos tem sido afetado diante das recomendações do Ministério da Saúde para que a população evite aglomerações. Capitais como São Paulo e Rio de Janeiro já restringiram a realização de eventos com grande número de pessoas.
Como efeito da pandemia mundial da covid-19 anunciada pela Organização Mundial de Saúde, bancos brasileiros cortaram nos últimos dias sua projeção para o crescimento do PIB neste ano, que poderia não passar de 1,5%. O próprio Ministério da Economia alterou sua estimativa, de 2,4% para 2,1% — ainda assim, mais alta que a do mercado.
O governo atua para isentar de tarifas de importação alguns produtos médicos e hospitalares. Essas aquisições também terão facilidades diante da burocracia para ingresso no país. Os bancos públicos, por sua vez, estão comunicando a clientes a existência de linhas de crédito para fornecer capital de giro em momento de eventual dificuldade.