Dos 14.168 contaminados, mais de 80% estão curados
Há um mês, o governador Eduardo Leite (PSDB) decidiu que havia chegado a hora do Rio Grande do Sul começar a voltar à vida como ela é. Dividiu o Estado em 20 “Regiões de Agrupamento” – classificadas de acordo com o “grau de contaminação” da população – e instituiu o “Sistema de Distanciamento Controlado para fins de prevenção e de enfrentamento à epidemia causada pelo novo Coronavírus”.
O “grau de contaminação” é determinado pela evolução da doença e pela taxa de ocupação da rede de saúde local na semana anterior. Mensura-se quantos pacientes precisam de tratamento, quantos estão internados, o aumento desses números e a capacidade que a rede de saúde local tem para atender à demanda que possa surgir.
Diferente do que acontece com São Paulo, tratada como a “região de uma cidade só”, a capital gaúcha integra, com outros 24 municípios, uma mesma “Região de Agrupamento”. A classificação é informada todo sábado e passa a valer a partir da segunda-feira. Assim como em outros estados, um sistema de cores determina a “bandeira” (não “faixa”, como no caso de SP e RJ) a ser seguida. Amarela indica “risco baixo”. Laranja, “risco médio”, vermelha, “alto”, e, preta, “altíssimo”. Alguns protocolos são aplicados a todas. O uso de máscara, por exemplo, é um deles.
Restaurantes que não trabalham com self-service, lanchonetes e padarias podem funcionar em todas as cores. O que muda é o modo de atendimento ao público e a quantidade de funcionários. Nas bandeiras preta e vermelha, é permitido delivery e o sistema “pegue e leve”, quando o cliente consome fora do local. O número de funcionários fica limitado a 25% da capacidade do estabelecimento na primeira cor e a 50% na segunda. A partir da bandeira laranja, é permitido o consumo no local com distanciamento mínimo entre as mesas, entre outras regras.
Hotéis localizados em estradas podem funcionar com lotação total nas bandeiras amarela e laranja. Dentro das cidades, a capacidade precisa ser limitada a 60% (bandeira amarela), 50% (laranja), 40% (vermelha) e 30% (preta).
Nesta quinta-feira, 11, exatos 30 dias depois do início do “Sistema de Distanciamento Controlado”, o Estado registrava 14.168 pessoas contaminadas pelo vírus chinês. Destes, 55% apresentavam sintomas da doença antes de 15 de maio e, portanto, já estavam infectados quando a abertura começou – segundo a Fiocruz, o período médio de incubação da COVID19 é de 5 dias. Em outros 43%, a infecção aconteceu ainda antes.
Os curados ultrapassam 11 mil pacientes – praticamente 80% do total -, sendo que 9.974 não chegaram sequer a ser internados. Dos 323 mortos, cerca de 90% tinham alguma comorbidade e 229 apresentavam sintomas da doença antes de 15 maio.
Os doentes ativos são 2.586. Quase 2.200 deles seguem em tratamento domiciliar e pouco mais de 140 estão internados em leitos comuns. Dos 1.950 leitos de UTI adulto do Estado, 225 estavam ocupados por pacientes com covid-19
Até esta sexta-feira, 12, quatro regiões estavam na cor amarela e, 16, na laranja. Nenhum local apresentava risco alto ou altíssimo. No Brasil, os gaúchos lideram a ofensiva contra o vírus chinês.
O Milk, nosso atual governador, candidatava-se a ser um filhote de doriana, mas está-se saindo bem melhor que o original…
O caso de SP não tem outra explicação a mão ser incompetência e tentativa fracassada de fazer políticagem.
Tem outra sim; roubo puro e simples.