Entre as principais queixas estão distúrbios do sono e aumento ou falta de apetite
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Um pesquisa realizada a pedido do Ministério da Saúde para saber como a população está enfrentando a pandemia de coronavírus mostrou que 41,7% dos entrevistados estão com algum tipo de distúrbio do sono, seja dificuldade para dormir ou dormir mais do que o costume. Aumento ou falta de apetite foram relatados por 38,7%. Das duas mil pessoas que participaram do levantamento, 87,1% dos adultos precisaram sair de casa ao menos uma vez na semana anterior à data da entrevista.
“Essa pesquisa é muito oportuna para o momento que estamos vivendo”, afirmou Luciana Sardinha, coordenadora-geral de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. “Os resultados que obtivemos nos ajudarão a entender de que forma a população brasileira está enfrentando a pandemia”.
Entre os principais motivos que levaram as pessoas a saírem de casa estão a compra de alimentos (75,3%), trabalho (45%), procurar serviço de saúde ou farmácia (42,1%), tédio ou cansaço de ficar em casa (20,5%), ajudar um familiar ou amigo (20,2%), visitar familiares e amigos (19,8%), praticar atividades físicas (13,6%) e caminhar com animal de estimação (5,6%). Os moradores com idades entre 35 e 49 anos (89,8%) das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (89%) foram os que mais saíram de casa.
Sobre problemas relacionados à saúde mental, os entrevistados relataram falta de interesse em fazer as coisas (35,3%), tristeza ou depressão (32,6%), cansaço e falta de energia (30,7%), lentidão para se movimentar ou falar ou estar muito agitado ou inquieto (17,3%) e dificuldade para se concentrar (16,9%), entre outros. “Eventos relacionados à saúde mental muitas vezes são colocados de lado numa situação como a que estamos vivendo”, observou Eduardo Macário, diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância em Doenças Não Transmissíveis. “Mas é fundamental serem monitorados e acompanhados”.
O percentual de adultos que relataram higienizar as mãos e objetos tocados com frequência foi maior entre as mulheres (88,6%). O monitoramento sistemático dos riscos em saúde pública auxilia os gestores a adotarem medidas para reduzir o número de contaminados.