Para dar fôlego ao setor, movimento uniu empresas para orientar os viajantes sobre os cuidados nas viagens em meio à pandemia
Um dos setores mais impactados pela pandemia do novo coronavírus, o turismo brasileiro tenta neste segundo semestre demonstrar alguma reação. Um levantamento da Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) realizado com a Universidade de Brasília (UnB) aponta que 60% dos entrevistados ainda planejam alguma viagem para 2020.
Além disso, essa retomada deverá beneficiar principalmente a economia do país. Isso por que a maioria dos brasileiros pretende viajar pelo Brasil. De acordo com a especialista em turismo nacional Regina Datti Souza, as pessoas têm buscado por destinos próximos de suas cidades e com programas seguros. “Por mais que a reabertura ainda se mostre tímida, as pessoas estão se encorajando. Por isso procuram por destinos próximos de onde moram para um final de semana ou feriado. O setor já sente que os turistas vão para onde se sentirem seguros e tiverem uma flexibilidade com remarcações e alterações”, comenta.
Para dar fôlego a este momento de retomada, empresas do setor criaram o movimento Supera Turismo Brasil. O projeto tem como objetivo orientar os viajantes sobre cuidados nas viagens, além de ajudar a restabelecer a empregabilidade do ramo.
“Estamos trabalhando em prol da retomada segura do turismo em todos os destinos do país. Nosso papel é divulgar informações, curiosidades que mantenham o nível de interesse das pessoas nos destinos, divulgar para os turistas os protocolos sanitários que estão sendo adotados. Enfim, estamos criando uma rede de colaboração, de promoção conjunta dos destinos e cada destino terá o seu momento na promoção. Vamos ajudá-los nessa retomada, quando ela ocorrer”, diz o presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo (Fornatur), Bruno Wendling.
Regiões
De acordo com o levantamento da UnB, 21,8% dos brasileiros que pretendem viajar neste segundo semestre irão para o Nordeste. Em seguida, o Sudeste deverá receber pouco mais de 19% dos turistas nacionais. Entre as preferências, 82% dos entrevistados afirmaram buscar lugares com considerável nível de relaxamento do isolamento social.
“O hábito deste momento será diferente. As pessoas fecharão os pacotes conforme as empresas demonstrarem preparo. Ou seja, com uma flexibilização maior. O viajante vai buscar uma cidade ou região de acordo com a taxa de contágio e conforme a reabertura. Parcerias que incluam restaurantes, passeios em grupos familiares e programas que envolvam o descanso em família serão os mais procurados, na minha opinião”, finaliza Regina.