Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 13, no Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou a retomada das aulas presenciais obrigatórias nas redes municipal, estadual e privada a partir da próxima segunda-feira, dia 18 de outubro.
Com isso, na prática, estudantes só poderão deixar de frequentar as aulas de forma presencial mediante apresentação de justificativa médica. Na rede pública de São Paulo, há cerca de 3,5 milhões de alunos distribuídos por mais de 5,4 mil escolas em todo o Estado. O uso de máscara continuará obrigatório nas escolas e haverá distanciamento de 1 metro entre os alunos — a partir do dia 3 de novembro, esse distanciamento mínimo não será mais exigido.
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“O avanço da vacinação no Estado de São Paulo, assim como os indicadores de queda da covid-19, torna possível e viável a obrigatoriedade dos alunos em sala de aula a partir da semana que vem”, afirmou Doria. “Todos aqueles que são mães e pais estão felizes com a possibilidade de seus filhos retomarem as aulas”, completou o governador.
O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, celebrou a retomada das aulas presenciais e reconheceu que o longo período longe das salas de aula causou enormes prejuízos aos estudantes.
“As crianças estão com déficit de aprendizagem e uma série de danos psicológicos, como depressão, ansiedade… Nunca foi visto o que está sendo visto no mundo com essa geração. A volta às aulas é um passo fundamental que o Estado de São Paulo está dando”, disse.
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“Não estamos voltando da mesma maneira. As escolas tiveram um alto investimento em reformas”, prosseguiu Rossieli, citando o aporte de R$ 625 milhões feito em 2021. “Acho um absurdo o Estado brasileiro não colocar a educação como prioridade absoluta. Estamos voltando e avançando em todas as áreas, e a educação tem de ser prioridade.”
Vacinação
Durante a coletiva, o secretário de Saúde do governo paulista destacou o fato de 97% dos profissionais da educação na rede estadual estarem totalmente vacinados contra a covid-19. Segundo Rossieli, 90% dos jovens de 12 a 17 anos já receberam a primeira dose do imunizante.
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“O Estado de São Paulo foi o primeiro a vacinar os profissionais da educação. Isso trouxe uma segurança ainda maior para o que estamos fazendo”, disse o secretário.
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Desigualdade
Como Oeste informou mais cedo, apesar de a maioria dos alunos nas escolas particulares estar presencialmente nas salas de aula todos os dias, o mesmo não ocorre na rede pública. Na estadual, cerca de 70% voltaram, mesmo com o retorno autorizado desde fevereiro. Há casos de pais com medo, mas também adolescentes que preferem ficar no ensino remoto.
Os prefeitos têm autonomia para decidir apenas se as redes municipais vão acompanhar as medidas, mas a estadual e a privada (com exceção das que têm só educação infantil) são reguladas pelo Estado. A capital paulista acompanhará o governo estadual na decisão.
Já ficou bem claro a muito tempo que o governo do estado não está minimamente preocupado em salvar vidas.
Ofereceu vacina de eficácia duvidosa, promoveu lockdowns insanos no comércio enquanto fechava os olhos aos coletivos absolutamente lotados e agora quer obrigar filhos e netos de pessoas com comorbidades a ir a escola e correr o risco de trazer a doença pra casa. Tudo sempre apoiado pelas certezas da ciência de ocasião/midiática.
O lockdown generalizado foi um erro tão grande quanto o desrespeito às condições individuais.
Toda semana o governo Paulista anuncia isso, mas SÓ QUE NÃO. São marionetes dos sindicatos
UÉ??? AGORA DECIDIRAM ENFRENTAR OS SINDICATOS DO SABER???