Em encontro realizado na cidade de Nova Odessa (SP), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, questionou a busca por diploma universitário, inclusive através de programas de financiamento como o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil).
“Que adianta você ter um diploma na parede, o menino faz inclusive o financiamento do FIES que é um instrumento útil, mas depois ele sai, termina o curso, mas fica endividado e não consegue pagar porque não tem emprego.”
“‘A educação que seu filho recebe é da pior qualidade’”
O ministro defendeu o ensino técnico profissionalizante e afirmou, segundo o UOL:
“O Brasil precisa de mão de obra técnica, profissional, gente com capacidade e é nesse foco que eu quero mirar agora neste restante de mandato do presidente. Escolas profissionalizantes. E aí depois o moço ou a moça, elas fazem esse curso, arrumam um emprego, e aí depois elas falam assim: ‘Olha, o que eu gostaria mesmo é de ser um doutor. Eu fiz um curso técnico em veterinária, já tenho meu emprego, mas eu quero ser um médico veterinário’. Pronto, aí ela tem condição de ela mesma prover a condição de fazer esse curso numa universidade depois. Mas sai empregado”.
Em reportagem publicada na Edição 39, a Revista Oeste discutiu a importância de se revisar a estratégia de educação pública no país, em razão dos novos arranjos demográficos e da escassez de mão de obra qualificada.
Leia um trecho:
“Com uma política educacional falida, o governo federal gasta em ensino superior (R$ 30 bilhões) o dobro do que aplica em ensino básico (R$ 16,3 bilhões). As universidades públicas, financiadas com o dinheiro do pagador de impostos, formam centenas de antropólogos, sociólogos, oceanógrafos, geólogos, todos os anos. Mas o país carece de mão de obra especializada nas áreas de desenvolvimento digital e tecnológico das empresas. Não há estímulo para o ensino técnico e profissionalizante. E as transformações provocadas pela revolução digital estão criando novos tipos de profissões e empregos em todos os setores da economia.”
Leia a reportagem na íntegra: “Sem filhos, e daí?”
Ele está certo!
Certissimo!!!!
O brasileiro precisa é de oportunidades. Quem deve decidir se vai querer fazer curso tecnico ou universitário é o cidadão. Como professor que já trabalhou na maior instituiçao publica de ensino tecnico que era o Cefet-Pr, vi muito aluno bem capacitado não ter o que fazer com seu diploma ou entao receber salários baixissimos. Escolas técnicas temos e muitas, basta ver a rede federal, redes estaduais, Senai e Sesi, alem de iniciativas do 3o setor. Em todas tem sobrado vagas e alunos desempregados. O discurso mostra alguem que quer requentar um velho discurso por não entender nada de educaçao