A Prefeitura de São Paulo pediu mais uma vez à Justiça a tutela de urgência para a demolição do prédio de luxo irregular construído no Itaim Bibi, bairro nobre da zona oeste, na quarta-feira 6.
O St. Barths fica na região da Avenida Faria Lima, e foi construído sem alvará. A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) diz, em sua petição, que o grupo São José adotou “tática de guerrilha” para erguer o edifício sem alvará.
A prefeitura também diz que a presença do imóvel coloca em risco pedestres e moradores do entorno. A construtora é contra a demolição, e atua para conseguir um acordo de regularização.
Em uma réplica à decisão negativa a uma liminar, a Procuradoria do Município disse que a “a demolição imediata e integral do prédio é condição protetiva da segurança de transeuntes e vizinhos”, já que a obra foi construída sem alvará ou qualquer documentação que garanta execução dentro dos parâmetros exigidos.
A possível demolição do prédio de luxo do Itaim Bibi construído sem alvará
O órgão chama a manutenção do Edifício St.Barths de “perigo de dano irreparável”. “A edificação não conta com qualquer segurança, colocando em risco os potenciais habitantes, usuários, vizinhos e transeuntes. A obra representa grave risco à vida e à incolumidade física das pessoas que vierem a ocupá-la”, disse.
Além de não ter alvará, a obra é considerada ilegal também por não ter os créditos construtivos necessários para uma edificação desse porte na área da Operação Urbana Faria Lima. Esses créditos são disponibilizados por meio de leilão, e são de um estoque limitado.
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Com 14.521 metros quadrados de área construída, o prédio fica na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, número 1246. O projeto arquitetônico é de 2015, assinado por William Simonato.
O condomínio tem 20 apartamentos distribuídos em uma torre. Cada apartamento ocupa um andar. A construtora divulga que são dois tipos de apartamentos: um de 382 metros quadrados com cinco vagas na garagem, e um duplex de 739 metros quadrados com oito vagas na garagem.
A obra do prédio de luxo do Itaim foi interrompida em fevereiro. A Prefeitura de São Paulo determinou uma multa de R$ 2,5 milhões.
- Leia também: “A burocracia invade um prédio de luxo“, reportagem de Anderson Scardoelli publicada na Edição 176 da Revista Oeste
Sou totalmente a favor da iniciativa privada! Agora, começar uma obra dessa na cidade sem alvará é coisa de milícia do Rio de Janeiro, q construiu aqueles prédios q desabaram com o tempo. A prefeitura de SP tem razão e se ceder vai dar um mal exemplo e permitir q outros façam o mesmo. Portanto, ou derruba toda obra ou revisa todo projeto e obra por completo fazendo com q a construtora saia perdendo financeiramente pesado nesse caso.
Concordo com você Serafim.