‘Não tem espaço para isso’, diz Mourão sobre reajuste a servidores

'Vamos aguardar a decisão do presidente. O espaço orçamentário é muito pequeno', afirmou o general

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão | Foto: Cláudio Marques/FuturaPress/Estadão Conteúdo
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão | Foto: Cláudio Marques/FuturaPress/Estadão Conteúdo

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira, 18, que não há espaço no Orçamento da União para reajustes a diversas categorias de servidores públicos. O dia foi marcado por manifestações de sindicalistas em Brasília pedindo aumento de seus salários.

Servidores do Banco Central (BC), por exemplo, paralisaram as atividades por duas horas no início da tarde para reivindicar reajustes em seus vencimentos. De acordo com os sindicalistas, cerca de 500 funcionários que ocupam funções de chefia já se comprometeram a entregar seus cargos caso as negociações não avancem.

“Não tem espaço no Orçamento para isso. Não sei nem se o presidente vai conceder isso daí [aumento para agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Departamento Penitenciário Nacional]“, disse Mourão. “Vamos aguardar a decisão do presidente. O espaço orçamentário é muito pequeno”, completou Mourão.

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As reivindicações de servidores federais de diversos órgãos tiveram início a partir da indicação do presidente Jair Bolsonaro de que apenas carreiras policiais seriam contempladas com reajuste neste ano.

No Orçamento de 2022, há R$ 1,7 bilhão reservados para aumento do funcionalismo. Além do reajuste, a mobilização no BC cobra a reestruturação da carreira de técnicos e analistas. O governo, no entanto, não confirma nenhum aumento até o momento.

Bolsonaro tem de sancionar o Orçamento até sexta-feira 20. De acordo com cálculos da equipe econômica, o texto subestima gastos com pessoal e despesas dos ministérios. O Palácio do Planalto avalia vetar até R$ 9 bilhões para não comprometer as contas.

Reportagem publicada na Edição 65 da Revista Oeste, em junho do ano passado, mostrou algumas regalias que 46 empresas públicas oferecem a seus funcionários: um salário médio de R$ 29 mil, planos de saúde com cobertura que ultrapassa a da maioria das operadoras na iniciativa privada, abono por assiduidade no serviço, assistência educacional superior à mensalidade de escolas caras, indenização em caso de assalto, garantia de emprego e liberação de alguns dias por ano para exercer atividades sindicais.

O documento, de 84 páginas, detalha os abonos e as gratificações que os funcionários recebem em empresas e bancos estatais, mostrando como são formatadas algumas das maiores remunerações de um país onde a renda média do cidadão é de R$ 1.380.

Leia também: “Você paga tudo isso”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 65 da Revista Oeste

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4 comentários Ver comentários

  1. Mas que confusão! Esse é o tipo de assunto que nem deveria ser cogitado nesse momento de instabilidade devido a essa tal de pandemia. Criam problemas de onde nem deveria existir!

  2. Grande PR…!!! Mandou bem…!!! Estes picaretas e folgados já recebem muito, às custas do pagador de Impostos, além da indecente Estabilidade que a Lei lhes confere…!!! Avante PR Bolsonaro…!!! Vamos vencer…!!!

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