Frédéric Bastiat nasceu em 1801, na França, em meio à ascensão das ideias contrárias à liberdade e à propriedade privada. Diante desse cenário, o filósofo decidiu propagar os princípios liberais. Seu trabalho inspirou os estudiosos a compreenderem a importância dos indivíduos e das empresas no desenvolvimento econômico dos países.
Na obra O que se vê e o que não se vê, Bastiat demonstra como as decisões de políticos, apesar de bem bem-intencionadas, podem gerar consequências nefastas (ainda que não verificáveis de imediato).
Segundo o filósofo, é preciso considerar os efeitos colaterais e os impactos das medidas no longo prazo. Os governos devem estar atentos não apenas “ao que se vê”, mas sobretudo “ao que não se vê”.
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Em termos práticos, agora. Os brasileiros compreenderam essa ideia há alguns anos, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) criou a política dos “Campeões Nacionais”. A sigla transferiu bilhões de reais dos pagadores de impostos para as grandes empresas, que tinham relações estreitas com o governo.
O que se viu? A possibilidade de as empresas brasileiras competirem com as multinacionais estrangeiras.
O que não se viu? O programa transferia a verba da população para as grandes corporações. Quando o Estado favorece uma empresa, acaba por prejudicar todas as outras. As empresas favorecidas pelo programa tiveram menos incentivos para aumentar a produtividade e reduzir os custos.
Obra-prima
Em A Lei, Bastiat argumenta que o objetivo da legislação deve ser proteger a propriedade privada — e nada mais. O filósofo entende que a lei é a organização burocrática do direito individual à legítima defesa. A legislação é justificada somente na medida em que reconhece a propriedade privada, sem a qual não há ordem social harmoniosa.
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A seguir, algumas doses do pensamento de Bastiat.
“O governo é aquela ficção em que todos acreditam poder viver às custas dos outros.”
“Quando o saque torna-se um modo de vida para um grupo de homens, eles criam para si próprios, no decorrer do tempo, um sistema jurídico que o autoriza e um código moral que o glorifica.”
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“A vida, a liberdade e a propriedade não existem pelo simples fato de os homens terem criado as leis. Ao contrário, foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem anteriormente que os homens foram levados a criar as leis.”
“Todos querem viver às custas do Estado e se esquecem que o Estado vive às custas de todos.”
“Os socialistas temem todas as liberdades.”
Leia também: “O Brasil liberal”, reportagem de Artur Piva, Branca Nunes e Cristyan Costa publicada na Edição 53 da Revista Oeste
Agradeço, também, a informação!
Fantastico. Não conhecia Frederic Bastiat. Obrigado pelas dicas, Edilson Salgueiro. “A vida, a liberdade e a propriedade não existem pelo simples fato de os homens terem criado as leis. Ao contrário, foi pelo fato de a vida, a liberdade e a propriedade existirem anteriormente que os homens foram levados a criar as leis.” Essas palavras deixam muito claro o caminho a ser seguido pela sociedade. Parabens pela materia. Essa verdade deveria ser colocado em nossas escolas desde a mais tenra idade de nossos filhos de modo que eles aprendam desde cedo como uma sociedade que funciona.
Obrigado, Manfred!
Conte comigo.
Sábias palavras.
É isso, quem trabalha não tem tempo de ficar inventando falcatruas para roubar. Os “”espertalhões”” é que ficam doutrinando a massa para saqueá-la!!
Muito bom!
Olá, Marco.
Obrigado!
Muito bom ler estas pílulas de pensamentos conservadores. Vou colecionar os textos e ler os autores sugeridos.
Olá, Ana!
Bom saber que você gostou. Mais doses virão por aí.
Abraço!
Há pouco tomei conhecimento sobre Frederic Bastiat e rapidamente compreendi o que ele diz. É toda a verdade sobre a natureza humana, sobre a civilização.
Ótimo artigo, revista Oeste!
Olá, Daniel.
O Bastiat é didático, mesmo. Aproveite a leitura.
Abraço!
Se me apontarem algum político bem intencionado neste país, podem até existir alguns, mas infelizmente não tem relevância naquele meio ambiente tóxico de Brasília, tirando esses, me apontem algum bem intencionado, conseguem?
Quanto ao caso da propriedade privada, é só mirarem no exemplo de Cuba, aqueles imóveis caindo aos pedaços, de fora já são terríveis, imaginem-nos por dentro? Que incentivo teria alguém em manter uma propriedade privada bem conservada, seja uma residencia ou mesmo uma gleba de terras, sabendo que aquilo não é dele, ele tem apenas um direito precário de uso daquilo e que pode perdê-lo a qualquer momento?
A propriedade privada é tudo.
Os libertários diriam que os políticos bem-intencionados são aqueles que não existem, Paulo. hehe
Obrigado pelo comentário.
Abraço!