O Ministério do Interior do Cazaquistão informou nesta segunda-feira, 10, que quase 8 mil pessoas já foram presas durante as manifestações violentas contra o governo. O país vem registrando os maiores protestos desde sua independência, em 1991.
Ainda de acordo com as autoridades cazaques, o número de mortos já passa de 160 — incluindo três crianças. Inicialmente, os manifestantes foram às ruas para criticar o aumento no preço dos combustíveis, mas os atos cresceram, ganharam outras pautas e se voltaram contra o governo.
Apesar da forte repressão das forças de segurança, muitas pessoas seguem desafiando a polícia em diversas regiões do país. Um grupo de manifestantes incendiou a sede da prefeitura de Almaty, a maior cidade e grande centro econômico do Cazaquistão. Na semana passada, o aeroporto já havia sido tomado.
Como noticiado por Oeste, o presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokayev, deu ordem para que os policiais atirassem “para matar sem aviso prévio” e classificou os participantes dos atos como “bandidos” que deveriam ser “eliminados”.
Hoje, Tokayev disse que o vandalismo das manifestações é uma “agressão terrorista” contra o país.
Tokayev dissolveu o próprio governo, mas não renunciou ao cargo. Ele decretou estado de emergência e impôs toque de recolher, que não foi respeitado pelos manifestantes.
O governo de Vladimir Putin, na Rússia, mandou tropas para ajudar o governo local a reprimir as manifestações. Os russos disseram que a ação é uma “missão temporária de manutenção da paz” e que a operação será por tempo limitado e tem como objetivo “proteger edifícios governamentais e instalações militares”.
A Rússia provavelmente está com medo OTAN se aproveitar disso e por isso foi lá.