O deputado federal Pedro Aihara (PRD-MG) criou o Projeto de Lei 675/24, que torna obrigatória a referência ao aviador brasileiro Santos Dumont em falas dos comissários ou de comandantes de aeronaves em voos domésticos. O PL foi avaliado pela Câmara na última terça-feira, 26.
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De acordo com o texto, as falas devem conter, ao menos uma vez durante o voo, uma homenagem ou menção a Santos Dumont. Além disso, o comissário deve fazer alguma referência à contribuição pioneira de Dumont para o desenvolvimento da aviação.
O legado de Santos Dumont
Para o deputado Aihara, a medida é uma forma de reconhecimento e valorização do legado do “Pai da Aviação” e patrono da aeronáutica brasileira.
“Ao reconhecer seu legado, não apenas reafirmamos sua posição como o verdadeiro pioneiro da aviação, mas também celebramos sua contribuição para o progresso global neste campo crucial”, disse o parlamentar.
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O projeto, ainda em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Em 7 de setembro de 1906, Alberto Santos Dumont fez história ao tentar realizar um dos voos mais icônicos da aviação mundial. No campo de Bagatelle, em Paris, fez a primeira tentativa do voo do 14-Bis. Escolheu a data para homenagear o Brasil.
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Além do 14-Bis, Dumont conquistou o Prêmio Deutsch de la Meurthe, em 1901. A tentativa de voo no 7 de setembro demonstrou sua habilidade em projetar e construir máquinas voadoras práticas e controláveis, contribuindo significativamente para os avanços subsequentes na aviação.
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Obrigar que o nome do grande Santos Dumont seja citado pelos tripulantes de aeronaves me parece algo exagerado. Por isso, não gostei do pretendido. Homenagear o grande brasileiro é justo e necessário, mas a forma de fazê-lo deve ser outra. Essa forma forçada talvez resultaria em um sentimento de antipatia, por ser repetitiva e não cabível em mensagens sobre o voo em si.