“O futuro do Brasil está em jogo”, escreveu o presidente Jair Bolsonaro (PL), no Twitter, ao agradecer o apoio de governadores de Estado à sua reeleição. A publicação, feita na terça-feira 4, alerta para o perigo da volta do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Palácio do Planalto.
“Diferenças sempre existirão, mas o que está em jogo neste momento é algo muito maior: o futuro do nosso Brasil”, disse Bolsonaro. “É hora de unirmos forças para proteger a liberdade e a dignidade do povo brasileiro e evitar que a quadrilha que assaltou e quase destruiu o país volte ao poder.”
– Diferenças sempre existirão, mas o que está em jogo neste momento é algo muito maior: o futuro do nosso Brasil. É hora de unirmos forças para proteger a liberdade e a dignidade do povo brasileiro e evitar que a quadrilha que assaltou e quase destruiu o país volte ao poder.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 4, 2022
A publicação foi feita depois de os governadores de Minas Gerais (Romeu Zema), Rio de Janeiro (Cláudio Castro) e São Paulo (Rodrigo Garcia) declararem apoio à sua reeleição. “Tenham a certeza de que esse apoio se estende a todo brasileiro honesto, que segue as leis, ama a sua família e deseja viver num país cada vez mais seguro para seus filhos e netos”, salientou Bolsonaro. “Um país livre das drogas, da criminalidade, da inversão de valores e dos ataques à fé de cada um.”
Outros políticos declararam apoio ao atual presidente no segundo turno das eleições. Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador da República e ex-coordenador da Operação Lava Jato, foi o primeiro a manifestar preferência por Bolsonaro. “É preciso unir o centro e a direita”, advertiu. “Sou independente, conservador, cristão evangélico. Tenho ressalvas ao governo atual, mas, apesar das ressalvas, no segundo turno, meu voto será em Bolsonaro.”
Graças a Deus e graças a vocês, a Lava Jato estará no Congresso Nacional no ano que vem. Ouça meu compromisso com os paranaenses e com os brasileiros. pic.twitter.com/6BF0gO5ZEG
— Deltan Dallagnol (@deltanmd) October 3, 2022
Símbolo da Lava Jato, Moro também declarou apoio ao atual presidente. “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia”, escreveu o ex-ministro, no Twitter. “Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, meu apoio a Bolsonaro.”
Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro.
— Sergio Moro (@SF_Moro) October 4, 2022
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) também declarou apoio à reeleição de Bolsonaro. “Não temos convergência nenhuma com o projeto de poder do PT”, afirmou. “Quando Lula foi presidente, houve o Mensalão e o Petrolão. Tivemos apoio a uma série de ditaduras mundo afora e uma posição ideológica que contraria nossos princípios liberais e conservadores.” A partir desse cenário, o parlamentar decidiu apoiar a candidatura de Bolsonaro à reeleição. “É para evitar a volta de Lula ao poder, que, na verdade, deveria estar cumprindo pena na cadeia, não concorrendo à Presidência”, concluiu.
Paulo Ganime (Novo), candidato ao governo do Rio de Janeiro, seguiu o mesmo caminho. “Acompanhei de perto o governo do presidente Jair Bolsonaro, que teve erros e acertos”, observou. “Nenhum erro se compara ao que seria o retorno do PT e do Lula ao governo. Lula não deveria ser candidato. É candidato apenas porque houve uma manobra do Supremo Tribunal Federal (STF) para descondená-lo. Lula deveria estar preso.”
“Neste momento, vocês estão nas mãos de um ditador”, disse o sociólogo italiano Domenico de Masi, autor de O Ócio Criativo, argumentando que Mussolini, Hitler e Erdogan também foram eleitos.
Leia trechos da entrevista:
“Esta ditadura reduz a inteligência coletiva do Brasil. Durante esta pandemia, Bolsonaro se comportou como uma criança, de um jeito maluco. Ou seja, o ditador conseguiu impor um comportamento idiota em um país muito inteligente. Porque é isso que fazem as ditaduras.
Este me parece um fato tão óbvio que às vezes nos passa despercebido. Quando o país é comandado por pessoas tão tacanhas, a tendência é o rebaixamento geral do nível cognitivo da sua população.
É fácil entender por quê. Sob Bolsonaro, Damares, Araújo, Pazuello, Salles, Guedes & Cia, vemo-nos obrigados a retomar debates passados, alguns situados na Idade Média, ou no século 19, como se fossem novidades.
Terraplanismo, resistência à vacinação e a medidas básicas de segurança sanitária, pautas morais entendidas como questões de Estado, descaso com o meio ambiente, tudo isso remete a um passado que considerávamos longínquo.
Quando entramos nesse tipo de debate entre nós, ou com as “autoridades”, é como se voltássemos da pós-graduação às primeiras letras do curso elementar. Somos forçados a recapitular consensos estabelecidos há décadas, como se nada tivéssemos aprendido.
É como forçar cientistas a provar de novo a esfericidade da Terra ou a demonstrar eficácia da vacinação. Ou defender, outra vez, a necessária separação entre Igreja e Estado, mais de 230 anos depois da Revolução Francesa.
É muita regressão e ela nos atinge. De repente, nos surpreendemos discutindo o óbvio, gastando tempo com temas batidos e desperdiçando energia arrombando portas abertas séculos atrás na história da humanidade.
À parte a necessária luta política para nos livrarmos o quanto antes dessa gente, entendo que existe uma luta particular e que depende de cada um de nós: a luta para não emburrecer.
Manter a lucidez e a inteligência através da leitura de bons autores e da escrita. Manter viva a sensibilidade pela conversa com pessoas normais e pela boa música. Assistir a bons filmes para contrabalançar a barbárie proposta pela vida diária e pelas redes sociais.
Enfim, mantermo-nos íntegros e fortes para a reconstrução futura do país. Não podemos ser como eles. Não devemos imitá-los em sua violência cega. Não podemos nos deixar contaminar por sua estupidez. Eles passarão. E estaremos aqui, para recomeçar.
Provavelmente, o que leva a esse rebaixamento é o ódio e o ressentimento por levar as pessoas a se sentirem, no fundo, perdedoras (é o caso de todos os bolsonaristas que conheci mais de perto) e ter de encontrar bodes expiatórios para culpá-los. A cultura competitiva, que estabelece, com critérios perniciosos, o que é ter sucesso, faz com que quem entra nesse jogo perverso, sinta-se, no final das contas, sempre um perdedor.”
https://viladeutopia.com.br/sociologo-italiano-domenico-di-masi-constata-o-rebaixamento-da-inteligencia-coletiva-brasileira/
Vale a pena ler. E claro, repassar.
Todo mundo sabe que fizeram uma manobra para tornar Lula candidato, mas porquê ninguém faz nada? No meu entender tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado tem muito poder, isso tem que ser revisto, pois estes são responsáveis por fiscalizar os outros poderes.
Pergunta-te a ti mesmo nos próximos 20 dias:
“Quantos votos eu já busquei HOJE entre os indecisos e os que se abstiveram?”
Torne o teu celular, tuas redes sociais e o teu meio de trabalho ou estudo, em preciosas ferramentas, afim de convencer o indeciso e com isto angariar mais um voto para Bolsonaro. Se cada um de nós contribuir neste aspecto, venceremos com larga margem.
Importante frisar a todos que: “O único candidato que governará sem sobressaltos, pois terá a maioria no Congresso (Senado/Câmara Federal), será Jair Messias Bolsonaro.”