Teste surge como esperança para simplificar o diagnóstico da doença
Com pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association (Jama) e recente apresentação na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, um exame de sangue surge com a possibilidade de facilitar — em termos de realização e custos — o diagnóstico da doença que acomete cerca de 30 milhões de idosos mundo afora.
Leia mais: “15 milhões de doses da vacina da Oxford chegam ao Brasil em dezembro”
De acordo com reportagem publicada nesta semana pelo jornal norte-americano The New York Times, o exame de sangue diagnosticou o mal de Alzheimer com a mesma precisão de “métodos muito mais caros ou invasivos”. Além disso, dados preliminares indicam que o teste em questão consegue identificar sinais até mesmo 20 anos antes do início da manifestação da doença (que até hoje não tem cura).
Ainda conforme divulgado pelo New York Times, a esperança da comunidade médica envolvida no projeto é de que o teste seja liberado em até três anos. Pesquisadores e cientistas reforçam que o exame pode, inclusive, identificar se uma pessoa sofre de Alzheimer ou de alguma outra doença que afete diretamente a capacidade de memorização.
“Você não pode tratar a doença sem diagnosticá-la”
“Esse exame de sangue informa com muita precisão quem tem a doença de Alzheimer, mesmo entre pessoas que parecem normais”, diz Michael Weiner, pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA). Ele reforça, entretanto, que a novidade ainda não representa a salvação na luta contra a doença. “Não é uma cura, não é um tratamento, mas você não pode tratar a doença sem diagnosticá-la.”
Bela noticia.