A tradicional live semanal estrelada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, não contou com a participação de nenhum ministro na edição desta quinta-feira, 4. Desta vez, a transmissão on-line contou com a presença do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. O convidado falou sobre a atuação no enfrentamento à covid-19 no país.
Leia mais: “Butantan recebe material para produzir 8,6 milhões de doses da CoronaVac”
Logo no início da conversa, Barra Torres afirmou que mudanças de direcionamento e entendimento por parte da agência reguladora podem ocorrer, mas que ele “nunca abrirá mão da segurança” na hora de se analisar projetos de vacinas e medicamentos, por exemplo. Nesse sentido de alterações, ele falou sobre a flexibilização da regra que permite a liberação de uso emergencial de imunizantes. Conforme registrado por Oeste nesta semana, agora não será mais obrigatório que os teses da fase três sejam feitos no Brasil.
Com o tema em pauta, o diretor-presidente da Anvisa fez questão de destacar que, da parte dele, a mudança da regra não teve relação alguma com a Sputnik V, vacina de origem russa que busca, por meio da farmacêutica Neoquimica, ganhar espaço no Brasil. “É medida ampla”, afirmou. “O objetivo é tornar mais fácil o caminho da análise”, prosseguiu Barra Torres durante a conversa com Bolsonaro.
Parte do governo?
Durante a live, Bolsonaro reforçou o fato de a Anvisa não ser órgão vinculado ao governo federal. Pontuou, por exemplo, que os mandatos dos diretores da agência não coincidirem com o seu período à frente do Palácio do Planalto. Além disso, informou que alguns dos atuais integrantes da agência não foram indicados por ele. “Sou escravo da Anvisa”, brincou o chefe do Poder Executivo federal.