O ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello, relatou que a Pfizer se isentou da responsabilidade pela eficácia do uso de sua vacina experimental contra o coronavírus no Brasil. A fala ocorreu nesta quinta-feira, 11, durante uma audiência no Senado sobre as medidas adotadas para imunizar os brasileiros contra a covid-19.
“Ela não forneceria o diluente”, afirmou o ministro aos senadores. “O diluente seria fornecido pelo Brasil. A responsabilidade, a partir dali, inclusive sobre a eficácia, seria nossa porque o diluente não seria fornecido junto.”
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As cláusulas da Pfizer que impediram a compra da vacina
Na audiência, Pazuello também elencou outros termos no contrato com a farmacêutica que inviabilizaram um acordo com o governo federal.
“A primeira cláusula da Pfizer é: ‘o governo federal deverá, de hoje à eternamente, assumir a responsabilidade por efeitos colaterais advindos da vacina”, informou o Ministro. “Dois: ‘ativos brasileiros no exterior deverão ser disponibilizados para servir de caução de ações no exterior’. Três: ‘a justiça brasileira abrirá mão de sua capacidade de julgar a Pfizer’. Está escrito em todos os documentos que só será submetido a julgamento nos Estados Unidos, em Nova York”. Soma-se a elas o item para que o diluente fosse fornecido pelo Brasil, isentando a empresa de responsabilidade pela eficácia na imunização.
A quantidade que poderia ser fornecida foi outro problema abordado. “Mesmo que nós aceitássemos todas as condições impostas, a quantidade que nos ofereceram, desde o início eram 500 mil em janeiro, 500 mil em fevereiro e um milhão em março. Seis milhões, no total, no primeiro semestre”, relatou. “Senhores, não podíamos ficar nisso”, concluiu o ministro.
quem achar que nosso governo está errado, pegue um avião, vá a um país que tem a tal vacina e… fique quieto pois a empresa não se responsabiliza por nada. ainda bem que não aceitaram essa submissão