Cientistas garantem que esses animais produzem anticorpos capazes de neutralizar o patógeno
Na tentativa de impedir que o vírus chinês continue matando pessoas e destruindo a economia mundial, vários países se esforçam para encontrar uma cura. Até o momento, há tratamentos paliativos para a covid-19, como o uso da hidroxicloroquina e do remdesivir.
O Brasil não é uma exceção na corrida por uma vacina.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu, querem testar em humanos os anticorpos produzidos por lhamas infectadas pelo coronavírus. Isso porque esses animais desenvolvem o chamado nanocorpo, que já é usado para tratar outras doenças.
Na semana passada, um artigo publicado na revista científica Cell descreve um promissor experimento in vitro. Estudiosos europeus imunizaram uma lhama, com a mistura da proteína spike do coronavírus — a coroa que possibilita ao patógeno invadir a célula de hospedeiros.
Algum tempo depois o animal começou produziu os tais nanocorpos que, ao serem extraídos, foram testados contra o coronavírus em laboratório. Em síntese, o estudo revela que o experimento foi capaz de neutralizar a covid-19. Sendo assim, a expectativa, agora, é de testar em humanos.
“Esses resultados são importantes, mas ainda é uma pesquisa básica, feita in vitro. Nossa proposta é desenvolver um medicamento que possa ser levado para ensaios clínicos, com humanos, em dez meses”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o coordenador da pesquisa da Unesp, Rui Seabra.
Além disso, ele garante que está em andamento um projeto, em parceria com Instituto Vital Brazil e com a Fundação Ezequiel Dias, para que seja possível desenvolver o medicamento em larga escala. Ambas as instituições possuem fábricas.
Enfim, a Bolívia será a salvação da humanidade. Vamos importar lhamas aos montes. Só não pode ser daquelas lhamas de franja. Aí não!