Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto em alusão à sanção, pelo presidente Jair Bolsonaro, da medida provisória (MP) que determina a capitalização da Eletrobras e abre caminho para a privatização da empresa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou o projeto como um marco para a economia brasileira.
“É um marco histórico. Trata-se de um importante passo de modernização do setor elétrico brasileiro, que é tentado desde 1995. São 26 anos de tentativas”, disse Guedes. “Várias empresas estatais estão perdendo capacidade de investimento, em uma herança muito pesada deixada por governos anteriores.”
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O ministro da Economia aproveitou para traçar uma perspectiva otimista em relação ao crescimento do país em 2021. “Neste ano vamos crescer uns 5%. A economia brasileira caiu muito menos do que o esperado, voltou muito mais rápido que o esperado”, afirmou. “Todos os setores da economia e todas as regiões estão criando emprego.”
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O presidente Jair Bolsonaro, que também participou da solenidade, citou o lucro registrado pelas empresas estatais nos primeiros anos de seu governo, em comparação com o prejuízo das administrações do PT.
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“Em 2015, as estatais deram prejuízo de R$ 34 bilhões. Em 2019, deram lucro de R$ 109 bilhões. Uma diferença de R$ 143 bilhões. Aquelas eram as estatais administradas pela esquerda. Por isso, a reação quando se quer privatizar uma empresa no Brasil”, afirmou. “A nossa capacidade de investimento vem diminuindo. E o nosso sistema não pode colapsar. O Brasil vai se tornar cada vez mais um país menos inchado.”
Minas e Energia
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o projeto aprovado atendeu às necessidades dos principais setores envolvidos. “Conseguimos construir uma solução de consenso que refletiu um balanceamento dos principais interesses envolvidos: dos consumidores, do setor elétrico, da empresa e da sociedade. Nasce agora uma nova Eletrobras”, disse. “A capitalização da Eletrobras faz parte de um processo de modernização pelo qual passa o setor energético nacional. Hoje retiramos as amarras da Eletrobras.”
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