O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, na noite desta segunda-feira, 6, que o país terá “responsabilidade geral pela segurança” sobre a Faixa de Gaza. De acordo com ele, tal medida será implementada depois do fim da guerra contra os terroristas do Hamas. A ação se dará “por um período indefinido”, declarou o premiê.
“Por ora, não temos essa responsabilidade pela segurança”, disse Netanyahu em entrevista ao canal de TV ABC News, dos Estados Unidos (EUA). “O que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar”.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
A mesma opinião já havia sido proferida, nas últimas semanas, por autoridades israelenses, mas sob a condição de anonimato. A afirmação do líder de Israel ocorreu horas depois de Netanyahu ter tido uma conversa telefônica com o presidente dos EUA, Joe Biden.
O governo norte-americano tem pressionado para que as autoridades israelenses façam uma pausa humanitária nas ações de guerra. Os EUA são os aliados mais próximos de Israel.
“Concordamos que temos que fornecer assistência humanitária”, disse Netanyahu à ABC News. “Estamos coordenando isso com nossos amigos norte-americanos. Faremos o que for preciso, mas não daremos ao Hamas a possibilidade de colocar nossos soldados em perigo.”
Leia também: “Israel anuncia ter ‘eliminado’ mais um comandante do Hamas”
“Não haverá cessar-fogo sem a libertação dos reféns”
Benjamin Netanyahu ressaltou que um cessar-fogo seria o equivalente a “se render ao Hamas” e dar “vitória” do terrorismo. “Não haverá pausa generalizada sem a libertação dos reféns pelo grupo terrorista”, disse ele. O premiê explicou que pausas táticas para a entrada de suprimentos são analisadas de acordo com as circunstâncias.
“Haverá uma ação humanitária, mas não agora”, explicou o primeiro-ministro israelense. “Não enquanto houver reféns. A única coisa que funciona com os criminosos do Hamas é a pressão militar que estamos fazendo.”
Leia também: “Biden e premiê de Israel discutem ‘pausas táticas’ em Gaza”
O Hamas alega que 10 mil civis formam mortos em Gaza desde o início da guerra, que foi deflagrada há exatamente um mês. Ao ser questionado sobre isso, Netanyahu respondeu que “toda morte de civis é uma tragédia”.
“Estamos lutando contra um inimigo que é particularmente brutal”, disse o premiê israelense. “Eles estão usando os civis deles como escudos humanos, enquanto nós estamos pedindo à população palestina que deixe a zona de conflito.”
Netanyahu garantiu que Israel está fazendo “todos os esforços possíveis” para preservar a vida dos civis em Gaza, mas que, em uma guerra, para atingir os alvos terroristas, “infelizmente, essas casualidades, acontecem”.
O premiê ressaltou a importância de não considerar o número de vítimas fornecido pelo Hamas como verdade absoluta: “Tem milhares de terroristas incorporados nesses números”, afirmou. “É um combatente muito difícil, mas não podemos permitir que eles (Hamas) tenham imunidade. Se permitirmos isso, a barbárie vence.”
Netanyahu afirmou que, até Israel iniciar as operação por terra, não havia no Hamas a pressão para libertar os reféns.
Ao ser questionado sobre como Israel não detectou as ações que estavam sendo planejadas há anos pelo Hamas para o ataque de 7 de outubro, o premiê assumiu, assim como demais autoridades israelenses, sua parcela de culpa. Ele disse ser essa “uma boa e difícil pergunta”, mas com resposta que chegaria somente na hora certa.
Leia também: “Não tenho outro país além de Israel”, artigo de Andrea Samuels publicado na Edição 189 da Revista Oeste
Bravo povo israelense.
E por favor que continuem a caçada impiedosa a todos estes vermes que tem este comportamento nazista, o qual jurava nunca mais aconteceria no mundo. Não sei como a humanidade não aprendeu com o que ocorreu na 2a Guerra Mundial.