Os protestos não ficaram restritos às ruas. No Twitter, uma hashtag contrária ao presidente da Câmara obteve 697 mil engajamentos
Aproximadamente 10 mil pessoas compareceram à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e 3 mil veículos percorreram as ruas da cidade ontem para pedir o impeachment dos presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP). As informações são dos organizadores do ato. Entre as bandeiras defendidas pelos manifestantes estavam o engavetamento do auxílio bilionário concedido a Estados e municípios, atualmente em tramitação no Senado, e a flexibilização do isolamento social decretado por governadores, como forma de combate ao coronavírus. Houve protestos, ademais, em cidades do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Paraná.
O ápice para as mobilizações, que vêm ocorrendo com frequência ao longo das semanas (mirando ministros do Supremo Tribunal Federal), se deu em razão da denúncia feita pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB). Segundo ele, Rodrigo Maia articula com a esquerda um golpe de Estado para derrubar o presidente Jair Bolsonaro. No ato, em Brasília, o agora ex-ministro Sergio Moro também se tornou alvo dos protestos, ao ser chamado por manifestantes de “Judas” e “traidor”. Na sexta-feira 24 ele pediu demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública depois da saída do ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo. Os participantes fizeram uma carreata pela área central de Brasília, da catedral Rainha da Paz até o Congresso Nacional.
Em São Paulo, as carreatas seguiram o mesmo ritmo das que ocorreram na semana passada. Os manifestantes aproveitaram a deixa para pleitear o impedimento do governador João Doria (PSDB), que já tem nas costas três processos do tipo. Parcela expressiva da população critica a forma como o tucano vem conduzindo o combate à covid-19 no Estado. Com buzinaços, os carros subiram a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e foram até a Consolação, passando pela Avenida Paulista. No Rio, sobrou também para o chefe do Executivo Wilson Witzel (PSC). Ele, que é adversário de Bolsonaro, prolongou o isolamento social no Estado e, recentemente, foi alvo de denúncias que envolvem superfaturamento na compra de equipamentos hospitalares.
Monitoramento Oeste
As manifestações não ficaram restritas às ruas. No Twitter, por exemplo, a hashtag “MaiaTemQueSair” obteve 697 mil perfis tuitando a respeito — e supera, portanto, a ofensiva contra o presidente da Câmara que ocorreu três dias atrás. O assunto dominou a rede social, ao alcançar os trending topics e permanecer na primeira posição por quatro horas. A campanha também deu certo no Facebook, sobretudo na página oficial do movimento democrático Nas Ruas, que controlou o fluxo de interações naquela rede social. A postagem com melhor engajamento reuniu 4,8 mil curtidas, 1,4 mil comentários e mil compartilhamentos. O Instagram demonstrou boa adesão da hashtag e apresentou mais de mil perfis interagindo com ela.
Brasília não vai se curva aos golpes do congresso
#MaiaTemQueSair pic.twitter.com/aZkOJgTQhZ— Rose D Barros (@rosedbarros) April 26, 2020
https://twitter.com/Zairarottweiler/status/1254516115092443138
Nesse domingo, todos os Estados se interessaram por Rodrigo Maia no Google, com destaque para o Rio de Janeiro, Distrito Federal, em que preside a Câmara, e São Paulo. Os termos relacionados ao nome do presidente da Câmara foram “rodrigo maia fugiu” e “carreata Brasília”. Apesar de os protestos serem temáticos e mirarem noutras personagens, consideraram Maia a figura central da insatisfação e o principal algoz das reformas que visam a levar o Brasil para a frente — ontem, a pesquisa “manifestação contra Rodrigo Maia” apresentou aumento repentino de 3.050%. Enquanto isso, “rodrigo maia foge” elevou a curiosidade das pessoas em 2.000%. Desde que Sergio Moro desembarcou do governo, o presidente da Câmara tem optado pelo silêncio.
Panorama da mídia
Diferentemente do que ocorreu na saída do ex-ministro da Justiça, desta vez os blogs e sites de direita conseguiram mais espaço no debate público em relação à imprensa tradicional. As páginas alternativas tiveram a melhor predição dos internautas que buscaram por informações acerca da manifestação de ontem. A versão dominante foi a de que Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, ministros do STF e governadores, sobretudo João Doria e Wilson Witzel, atrapalham o governo federal. Não só, os manifestantes dedicaram alguns disparos para atingir Sergio Moro. Conforme antecipou Oeste na mais recente edição publicada na sexta-feira 24, a estratégia adotada por apoiadores do Planalto será a desconstrução da imagem do ex-ministro.
Por outro lado, a grande mídia praticamente ignorou os protestos de ontem. Determinados veículos optaram por classificar os atos como sendo de intervencionistas, de ataques às instituições e pouco expressivos. As apostas de jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio foram nas fichas de Sergio Moro, ao explorar as denúncias do ex-ministro segundo as quais o presidente da República teria cometido crime de responsabilidade.
O FOCO deve ser a PRISÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA E FIM DO FORO PRIVILEGIADO. Bom para o Maia que talvez, pautando estas matérias, consiga continuar na política.
Até fevereiro/21 as candidaturas de Ailton Lyra e Fernando Bezerra, serão destruídas pelo POVO ordeiro, que já combinou a prestação de contas com o Congresso Brasileiro, homens quando não incompetentes e fisiológicos, omissos e despreparados para representar-nos.
Adiam, adiam, adiam. Fazendo até os mais humildes concluirem que política é sinônimo de desprezo, de bandalheira!
Olá Maria Cristina, não sei quantos anos você tem, nem que experiência possui em política, mas posso lhe dizer que eu acompanho política no Brasil há mais de 40 anos, já assinei muitos jornais e revistas e li centenas de artigos acompanhando os fatos e vou lhe dizer uma coisa…você não faz a menor ideia do que está acontecendo…e tampouco tem a menor ideia do que é fazer política. Em primeiro lugar os bolsonaristas não estão agora “atacando o Botafogo”, ele vem sendo atacado desde que passou a ser o obstáculo à aprovação de projetos importantes na câmara. Segundo, quais contendas inúteis? Em geral as contendas que temos visto, nascem da publicidade que a mídia suja tem feito de toda e qualquer coisa que possa atingir o governo…se um ministro escreve algo no twiter…vira uma tempestade…se um filho do JB publica alguma coisa no facebook vira um furacão….as contendas, às quais a senhora se refere, foram em sua maioria infladas por uma mídia vendida, porca, ladra, que vivia mamando nas verbas de marketing do governo e agora estão num perrengue danado (vide globolixo encerrando contratos a rodos). Em geral, as polêmicas, ou foram em torno de fatos de pouca relevância ou de pura discordância em relação à opinião do governo como nos casos como o derramamento de petróleo que atingiu as praias, nos incêndios da Amazônia, no posicionamento do governo frente à estratégia para enfrentar o vírus chinês…fatos importantes sim e para os quais o governo teve ou tem seu posicionamento, só que aquela turma que ainda não se conformou em ter perdido as eleições, ataca de qualquer jeito…seja qual for o posicionamento do governo em todos esses episódios….esse pessoal iria atacar, se JB disser que é branco, eles dirão que é preto, se JB disser que é preto, eles dirão: é branco! Porque? Aprendi ao longo da vida que esquerdista é uma raça que não vale a poeira onde pisa e o jogo deles é sempre mentir, mentir e mentir…na tentativa de que se torne verdade…entende? E aí chegamos ao momento atual…não sei se você sabe, mas o Brasil é um Presidencialismo de coalisão, graças àquela desgraça da constituição de 88, vivemos num regime em que o presidente só governa quando tem a maioria na câmara. JB bem que tentou, não distribuiu Ministérios, nem cargos, procurou negociar com o parlamento, mas sem o toma-lá-dá-cá que vinha sendo a tônica desde 88. Porém agora o cenário é outro, e desde que não seja preciso “vender a alma ao diabo” será necessário sim negociar! Quanto ao ex-ministro saiu da pior forma possível…sai pela porta dos fundos, muito menor do que entrou, claramente “escutou o canto da sereia” para 2022, e decidiu trair…e pior: manda para a globolixo prints privados, sai do barco no pior momento possível…É um covarde, traidor e mentiroso…se não houver coisa pior aí por trás…! Tá falado!
Não me impressiona a explanação de seu “brilhante” currículo de especialista em política. Tenho 63 anos, na juventude militei na esquerda, decepcionei-me demais, e, sim, há muito tempo sou conservadora e de direita.
Vi muita coisa acontecer, em algumas delas eu estava presente, portanto não venha dar uma de importante p/ cima de mim. Vc fala como um bolsonarista convicto e só vê as coisas pelos olhos do seu mito. Já fui assim, graças a Deus estou exorcizada.
Obviamente Bolsonaro enfrentou e enfrenta enorme resistência de quem nunca desistiu do terceiro turno, mas ele sempre preferiu o confronto belicoso, nunca desceu do palanque. Domingo passado gritou q “acabou o diálogo e a patifaria” e agora está aos abraços c/ Arthur Lira, um canalha pior do q Maia. Política é isso? Bem, ele tinha prometido q seria diferente e agora estamos no “não é bem assim”?
Posso não ser tão “entendida” como vc gosta de dizer q é, mas palavra dada é palavra a ser respeitada. Ajustes podem ser necessários, mas não dá p/ renegar tudo o q disse e tentar convencer q nada mudou. É patético acreditar nisso.
Moro foi sacaneado de todas as formas, aguentou o quanto pôde e não ouse chamá-lo de traidor. É uma visão curta e mesquinha. Bolsonaro cravou um punhal nas costas de Moro ao exonerar Valeixo na calada da madrugada, sem um acordo final sobre o assunto, e ainda usando o nome (incompleto) de Moro na exoneração. Isso foi nojento e desleal.
Moro tem a cara limpa, na verdade o maior erro dele foi ter embarcado no governo Bolsonaro.
Tá falado.
Explicado. Esquerdopata enrustida.
O assunto da matéria é sobre os canalhas Maia e Alcolumbre, mas virou debate entre Bolsonaro e Moro.
Ninguém optou por perguntar como um reles deputado que se elegeu com míseros 74 mil votos chegou à “presidente” do ninho de ratos. Muito menos como a eleição do Batoré para “presidente” do “senado” não foi anulada depois que um dos “senadores”colocou dois envelopes da urna,
Com relação ao assunto Bolsonaro x Moro, gostaria que alguém tentasse me explicar o fato de que, no dia 11 de março Moro deu entrevista e dizia que a competeência e poder para escolher o diretor geral da PF é do Presidente. Afirmou também que a PF trabalhava com autonomia. O que levou a essa mudança de opinião em pouco mais de um mês?
Outra pergunta que não quer calar é: se Moro tem provas contra o Presidente, por quê não as levou ao STF, ao invés de entregar para a #GloboLIXO?
Tenho HORROR da esquerda, não queira me rotular.
2 + 2 é ou são 5 ? Fica a dúvida. Agora é tentar engrenar a máquina defeituosa e fazê-la funcionar. A substituição do Diretor da Polícia Federal, sem motivo, foi fogo amigo inoportuno e injustificável. Prioridades como o combate à Pandemia e outras moléstias, à pobreza e falta de infra-estrutura, jamais poderiam ficar em segundo plano. O País não pode se dar ao luxo de abrir mão de suas prioridades. Somos um País carente e doente, que necessita do máximo de esforço de TODOS os cidadãos, em tempo integral. Em tempo : o meu repúdio ao Fundo Eleitoral, que tira dinheiro da União para campanhas.
E as reformas anticrime (já que o congresso transformou em pó o projeto do Moro, que previa, inclusive, a prisão em segunda instância), tributária, administrativa, PEC emergencial e pacto federativo? Vamos voltar pro jogo?
Rodrigo Maia é um canalha, um medíocre sem votos e oportunista. Bolsonaristas agora o atacam e querem removê-lo, porém “esquecendo” q o seu mito está nesse momento fazendo negociações com gente do centrão igual ou pior do q Maia. Os fins justificam os meios? Não é bem assim. Foi o q restou a Bolsonaro.
Depois de se eleger c/ amplo apoio popular, tendo a capacidade de formar um ministério super qualificado, Bolsonaro se perdeu em contendas inúteis e foi se isolando, restando o apoio cego e incondicional apenas de seus adoradores.
Maia ter conseguido se sobrepor tanto a Bolsonaro é consequência das atitudes do próprio Bolsonaro. Não adianta agora gritar “fora Maia”, enqto Bolsonaro está aos beijos c/ Arthur Lira e gente pior p/ conseguir escapar do impeachment.
Os propósitos e as bases q Bolsonaro prometeu honrar em seu governo estão perdidos e agora está valendo o salve-se quem puder.
Não adianta tb querer vandalizar o nome e o legado de Moro, este foi só mais uma vítima das trapalhadas de Bolsonaro.
Votei, acreditei e apoiei muito Bolsonaro, mas a lucidez tem q prevalecer e tudo tem limite.
Moro é vítima dele mesmo!!
Bolsonaro nunca apoiou Moro de fato. Todas as propostas realmente importantes apresentadas por Moro p/ o combate à criminalidade e à corrupção foram desfiguradas ou descartadas. Bolsonaro não levantou um dedo p/ ajudar. Aparecer em estádios de futebol c/ Moro a tiracolo nunca foi apoio, era só exibicionismo.
E, por fim, por necessidade pessoal, Bolsonaro está obcecado em controlar a PF. Foi a gota d’água, isso seria inaceitável p/ alguém q sempre zelou pela Justiça.
Moro deixou p/ trás 22 anos de magistratura, embarcou em um projeto no qual acreditou e, por não abrir mão dos seus princípios, agora está sendo tratado como um pária pelo exército bolsonarista.
Sim, Moro é uma vítima de Bolsonaro, mas ao contrário do seu ex-chefe, nunca vai perder a grandeza moral.
Faço minha as palavras da Maria Cristina Gonçalves!!!
Faltou a principal ocorrencia de ontem a noite. O aparecimento da principal testemunha que “liga Adelio Bispo ao Ex-Deputado Jean Willys” como mandante do assassinato do na epoca candidato Jair Bolsonaro. Basta pesquisar no google e terão a “live” completa.
Parabéns pela abordagem correta da situação. Daqui a pouco a grande mídia vai dizer q as carreatas são feitas por transformers.