A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação, na manhã desta quarta-feira, 26, para investigar suspeitas de manipulação no resultado de um jogo de futebol da Série D do Campeonato Brasileiro, ocorrido no interior de São Paulo em junho.
O jogo de futebol apurado pela PF, foi entre Inter de Limeira e Patrocinense, terminou com vitória de três a zero, com todos os gols marcados no primeiro tempo. Agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em cidades como Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), São Paulo, Rio de Janeiro, Tanguá (RJ) e Nova Friburgo (RJ).
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Segundo a PF, a investigação sobre o jogo começou depois de um ofício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que recebeu um relatório da Sportradar apontando “movimentações suspeitas em casas de apostas”.
“De acordo com a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de ‘totais de gols do primeiro tempo’ nesta partida foi para tal resultado”, destacou a corporação.
A CBF sinalizou que todos os gols do time vencedor ocorreram no primeiro tempo, “sendo um deles contra”. Nesse sentido, foram alvo da operação integrantes e ex-integrantes de uma das equipes.
Investigação do resultado do jogo de futebol
De acordo com a Polícia Federal, a operação, denominada Jogo Limpo, apura a possível influência de uma empresa e de jogadores agenciados por ela no resultado da partida de futebol.
“Segundo o apurado, determinada empresa teria firmado parceria com um dos clubes e vários jogadores por ela agenciados foram contratados”, informou a PF. “A investigação visa apurar a influência de tais pessoas no resultado da partida.”
“Trata-se, em tese, dos crimes contra a incerteza do resultado esportivo, que encontram as condutas tipificadas na Lei Geral do Esporte, com penas de dois a seis anos de reclusão”, acrescentou a corporação.
A Inter de Limeira declarou nas redes sociais estar ciente da investigação sobre o jogo de futebol. Também disse estar disposta a cooperar com as autoridades, reafirmando seu compromisso com a integridade do esporte.
A PF atua com autorização do Ministro da Justiça e Segurança Pública, dado o caráter nacional do caso. As investigações indicam possíveis crimes de manipulação de resultados esportivos, com penas que variam de dois a seis anos de prisão.