As agências de checagem são viveiros de policiais da informação
Com o fim do Ato Institucional n° 5, os pais da censura pariram o chamado “controle social da mídia”. Sem êxito na missão, surgiram as chamadas agências de checagem. Os funcionários dessas empresas receberam das big techs o poder de decidir o que é verdade ou não. Em linhas gerais, trata-se de um ajuntamento de “esforçados policiais da informação”, resumiram os jornalistas Augusto Nunes e Branca Nunes, em artigo publicado na mais recente edição de Oeste. Como exemplo de autoritarismo e censura, o texto faz alusão a duas reportagens desta revista tachadas de fake news pela Aos Fatos: “É falso que imagem da Nasa prova que Amazônia não está ‘em chamas'” e “Cidade mineira não tem um único doente internado por covid-19”.
“Agências de checagem estão extrapolando os limites, diz jurista”
Em 23 de abril, o juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível de São Paulo, determinou a exclusão das notícias da agência de checagem. “A ação tem como objetivo responder à pergunta: estamos ou não numa democracia?”, ressaltou Alexandre Fidalgo, advogado de Oeste. “Essa indagação retórica precisa ser analisada. Se o Estado é democrático, são permitidas opiniões diferentes, inclusive contraditórias”, acrescentou Fidalgo. Para Augusto e Branca, as agências de checagem agrupam “marmanjos que não fizeram sucesso nas redações, jovens que não farão e gente que encontrou ali uma opção para o desemprego. Nenhum deles investiga erros cometidos pelo jornal que os sustenta. Mantêm na alça de mira apenas portais, sites e espaços suspeitos de divergirem das certezas que cultuam.”
“Os meios de comunicação não devem se intimidar perante as agências de checagem”