Uma construtora foi à Justiça contra a filha do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Marco Buzzi por uma consultoria jurídica de R$ 1,1 milhão. A empresa afirma que o serviço não foi prestado.
A empresa Indústria de Mineração e Construção Brasil, sediada em Brasília, disse que pagou R$ 220 mil em dinheiro vivo para Catarina Buzzi, filha do ministro do STJ. O restante teria sido pago, segundo a construtora, em transferências bancárias.
Filha de ministro do STJ é processada por suposto serviço não prestado: entenda o caso
A empresa disse que contratou a filha do ministro do STJ para a “prestação de serviços de assessoria e consultoria jurídica”, segundo o Metrópoles, que teve acesso ao processo. O caso tramita na Justiça Federal de Minas Gerais e se trata de uma disputa por um imóvel de R$ 6,3 milhões comprado em um leilão dos Correios.
Enquanto isso, Marco Buzzi julga causas relacionadas a sócios da Indústria de Mineração e Construção Brasil. Ele é relator em uma das causas e já negou recursos da empresa.
Por causa disso, ele foi acionado pelas advogadas da construtora para se declarar suspeito, já que sua filha tem uma suposta dívida com a empresa.
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A empresa teme ser punida pelo ministro do STJ por cobrar da filha dele. Além disso, a construtora também acusa Catarina Buzzi de ter feito contrato verbal sem ter carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Por lei, o profissional precisa ter carteira da OAB para atuar como advogado no Brasil. A negociação da empresa com a filha do ministro do STJ teria ocorrido em novembro de 2022, mas ela foi aprovada na OAB somente em janeiro de 2023, aos 35 anos de idade.
O print de uma mensagem atribuída à filha do ministro do STJ agradece o envio do comprovante de uma transferência bancária de R$ 300 mil. “Amém, Jesus”, teria dito a advogada.