O Brasil pode ganhar mais uma vacina contra a covid-19 no decorrer dos próximos meses. De acordo com informações divulgadas nesta semana pelo portal R7.com, a farmacêutica canadense Medicago apresentou documentação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testagem humana no país com seu projeto desenvolvido para combater a covid-19. Produzido em parceria com a alemã GSK, o imunizante tem como base o tabaco selvagem.
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Em comunicado oficial, a Medicago afirma a razão que a levou a desenvolver a vacina à base de tabaco selvagem (N. benthamiana). “[Essa planta] é a hospedeira experimental mais utilizada em virologia de plantas, devido, principalmente, ao grande número de vírus que podem infectá-la com sucesso”, explica a companhia. Nesse sentido, o laboratório canadense destaca que o objetivo é, por meio desse material, criar versões não infecciosas do SARS-CoV-2, vírus que provoca a covid-19.
Denominado CoVLP, o projeto de vacina aguarda análise inicial da Anvisa para saber quais serão os próximos passos no Brasil. Por ora, a empresa canadense não divulgou quantos voluntários serão recrutados para a etapa de testes. Também não revelou em quais cidades do país a testagem será monitorada e se haverá alguma instituição nacional envolvida nessa etapa, como ocorre com a CoronaVac (Instituto Butantan, de São Paulo) e o imunizante da Universidade de Oxford (Fiocruz, do Rio de Janeiro).
Pelo mundo
Enquanto aguarda validar sua documentação no Brasil, a vacina desenvolvida pela Medicago avança em outras partes do mundo. Em novembro, a companhia avisou que os resultados dos ensaios da fase 1 foram positivos. Assim, esperava realizar testes em aproximadamente 30 mil pessoas em países das Américas e da Europa.